Já parou para pensar no fato de que aquilo que mais importa para nossas vidas pode estar bem diante de nossos olhos e nós só percebemos quando resolvemos desacelerar um pouco desse ritmo frenético que invadiu nosso cotidiano e nos distanciou do que realmente interessa: viver.
Não estou propondo uma fuga da realidade. Um rompimento abrupto com o real. Mas uma alternativa ao ativismo do cotidiano. Parar um pouco e refletir nas palavras do Mestre da Vida, que afirmou, certa vez, que as nossas muitas preocupações com as coisas da vida não podem alterar o curso das coisas, que devemos viver um dia de cada vez, porque cada dia traz em si o seu próprio mal. Não devemos sofrer por antecipação, entregando-nos à ansiedade. Porque de todas as coisas, afinal, cuida Ele, muito bem, assim como cuida dos lírios do campo e das aves do céu.
A ansiedade e o cuidado excessivo com as coisas da vida, muitas delas fugazes, passageiras, superficiais, nos impelindo a busca por ideais impostos ao ego, buscando comparações com outras pessoas que julgamos ser felizes pelo estilo de vida que esboçam. Vivemos nos comparando e nos medindo constantemente, deixando escapar por entre os dedos a nossa verdadeira essência. O que realmente interessa para uma vida mais harmoniosa e livre das amarras que nos empobrecem e nos fazem tristes.
Precisamos retornar às coisas simples, a valorização do que há de mais importante em nossa existência. Precisamos voltar a viver com intensidade, um dia de cada vez.