quarta-feira, 30 de março de 2011

VOCÊS CONHECEM O PROJETO TRABALHA BRASIL?!


No dia 30 de março, coincidentemente, os dois últimos dias de pagamento mensal dos trabalhadores que recebem seus salários fruto do suor diário, eis que em muitos bairros (especialmente os periféricos) pessoas não identificadas, colocaram nas casas uma espécie de "Aerograma Urgente" sob o título de PROJETO TRABALHA BRASIL 2011.

Tudo aparentemente legal. Nota-se, porém, a ausência da referência, logo marca, ou uma simples menção de entidade promotora, responsável pelo tal PROJETO. Apenas uma frase afirmando não ser programa governamental. Essa prática, quando vem parar aqui na Paraíba, no Sudeste do país já se exauriu completamente.

Em linhas gerais, o PROJETO em tela, "promete" , ao contemplado da casa, inscrito num dos três cursos oferecidos à guisa de"treinamento" do trabalhador, que este terá direito a uma espécie de auxilio financeiro (R$ 80,00 - Oitenta Reais) mensais e mais equipamentos didáticos. No entanto, para que o inscrito no Projeto possa acessar essas benesses, precisará pagar o valor de R$ 34,90 (Trinta e Quatro Reais e Noventa Centavos). Destaque para o fato de o candidato ter apenas esses últimos dois dias para efetuar sua inscrição.

Tudo isso é muito estranho, e requer-se que as autoridades investiguem, coibindo essa prática enganosa. Afinal, em plena era Hi:Tech o que há de pessoas ingênuas, honestas, mas desinformadas, que caem nos ardis maquiavélicos de pessoas mestras na arte do engodo é coisa fora de série!

COMO IDENTIFICAR ESSAS OFERTAS ESTRAORDINÁRIAS?

Regra número 1: Quando a esmola é grande o santo desconfia. Desconfie de todo e qualquer proposta de ganho finaceiro, ofertas e tudo mais que chamou sua atenção, sendo que para isto, você tenha que desembolsar certa quantia, por menor que seja; pense em você e em milhares de pessoas que também são vulneráveis a fazê-lo, a soma disso, é fortunas no bolso do fraudador.

Regra número 2: Busque identificar a) Quem é a pessoa e/ou entidade responsável pela proposta, neste caso, pelo tal projeto; b) Qual é a credibilidade da pessoa e/ou entidade promotora do empreendimento. Se tem crédito, certamente terá respaldo explícito de outras organizações ou organísmos da sociedade civil organizada/governos, devidamente reconhecidos;
c) Se há oferta de benefício financeiro, qual é a fonte de recursos. Esses recursos são lícitos ou ilícitos? Tudo isto tem como saber a começar pelo número de inscrição (CGC, CNPJ) da entidade. Se for governo, é mais fácil ainda.

Regra número 3: Você não faz idéia do estrago que alguém mal intencionado pode fazer com certas informações pessoais. No caso em foco, exige-se que o inscrito forneça no ato da inscrição o número do CPF e do RG. Ora, como poderei fazê-lo se não sei quem é a pessoa e/ou entidade responsável pelo evento, programa, treinamento etc? Com dados de um CPF e RG pode-se no Brasil, criar empresas fantasmas, arrolar testemunhas fantasmas, movimentar contas e por aí em diante. Isso sem falar em danos maiores que envolvem responsabilidade civil criminal.

COMO PROCEDER DIANTE DO ENGODO?

A melhor arma é a denúncia!



segunda-feira, 28 de março de 2011

PRA QUE SERVE A FAIXA DE PEDESTRES?



Parece uma pergunta descabida, sem propósito, mas não é; considerando que a maioria de nós não sabemos pra que serve a faixa de pedestres quer estejamos na condição de transeuntes, quer de motoristas, simplesmente não sabemos. É claro que ao defender essa tese uso a expressão "não saber" no sentido da consciência coletiva, menos da interpretação conceitual, esta praticamente, todos sabem.

Quando passei por Brasília, tive um choque cultural impactante ao ver um carro desenvolvendo uma velocidade acentuada. Percebi que há poucos metros de onde eu estava, eis que um pedestre acenou para que o motorista parasse a fim de que ele pudesse atravessar a via com segurança, e o melhor: confiança! Para minha surpresa, o motorista parou antes do limiar da faixa (faixa de retenção) e o pedestre passou agradecido pela atenção de quem guiava o veículo.

Pensei nas inúmeras vezes em que aqui na Paraíba o pedestre foi ignorado por verdadeiros Neandhertais, sim! Homens da caverna, que além de passar em alta velocidade, xingam qualquer que se interpor ante ele e seu trajeto. Por mais que se façam campanhas educativas, essas bestas indomáveis representam uma verdadeira arma para quem tem a desaventurança de querer ir para o outro lado da via sem que para isso esteja no alvo da desgraça.

Não posso deixar de fazer justiça também a motoristas ordeiros, cumpridores de seu dever cidadão. Esse tipo é daqueles que param para dar passagem a idosos, gestantes, escolares, enfim, aos que estão na faixa e sinalizam pedindo a preferência em sua mobilidade. Muitos dos quais param, buzinam para chamar a atenção de pedestres obtusos, daqueles que não sabem se exatamente vão ou se acaba de mascar o chiclete. Ou aquele pedestre que é tão petulante a ponto de passar na faixa lendo uma revista, ou andar lenta e lerdamente, zombando da boa vontade de quem o aguarda para manobra o veículo!

Falta em nós ainda muita coisa para sermos realmente civilizados.

Em síntese:

No código nacional de trânsito a faixa de pedestre tem por objetivo facilitar a travessia da via pública pelo cidadão. A faixa de pedestres é composta de duas partes distintas.

São elas: Faixa de retenção (linha continua de cor branca) e Área zebrada (linhas verticais também de cor branca no sentido da pista de rolamento) sendo a primeira destinada a delimitar o ponto antes do qual o motorista é obrigado a parar o veículo ao sinal de vermelho do semáforo, ou ao sinal de pare do agente de trânsito. A chamada área zebrada é destinada à travessia do pedestre. Por princípio, o motorista ao parar o veículo após a faixa de retenção já está sujeito a penalidade para tal prevista no código nacional de trânsito, que é multa de 80 ufirs, e 4 pontos na carteira de motorista infrator. Nos locais onde não há semáforo, ou seja, em cruzamentos ou mesmo em travessias localizadas fora de cruzamentos, por Lei o pedestre tem preferência de passagem sobre o condutor de veículos, seje ele qual for.


terça-feira, 15 de março de 2011

PRA QUE SERVE A DEFENSORIA PÚBLICA?


Antes de dizer “pra que serve” a defensoria pública, necessário se faz, definir a figura do defensor público como um funcionário do Estado, posto a serviço da coletividade que, por carência de recursos da parte ou numa hipótese provável, independentemente da condição financeira de quem precise da assistência jurídica integral, como no caso dos grupos nos quais se verifica a hipossuficiência da parte (Cf.: arts. 9º e 218 do CPC, et al).

Constitui-se premissa básica, como reforço do que já foi dito anteriormente, que à Defensoria Pública incumbe prestar assistência jurídica às pessoas que não podem pagar pelos serviços de um advogado. Seus membros, os defensores públicos, devem também assistir os acusados em processos criminais que, mesmo tendo condições financeiras, não constituem advogado para defendê-los. A Defensoria Pública integra o executivo, muito embora guarde autonomia funcional e administrativa, e representa o compromisso do governo, estadual e federal, de permitir que todos, inclusive os mais pobres, tenham acesso à justiça. A Defensoria Pública presta consultoria jurídica, ou seja, fornece informações sobre os direitos e deveres das pessoas que recebem sua assistência. É com base na resposta à consulta que o assistido pela Defensoria Pública pode decidir melhor como agir em relação ao problema apresentado ao defensor público.

Minha sincera e humilde indagação em epígrafe, no entanto, faz sentido quando, ouvidos inúmeros testemunhos de pessoas que recorrem a esses serviços apontam para uma qualidade de atendimento não condizente com a missão do órgão que se propõe a defender o direito integral e gratuito de cidadão.

Cristalizou-se no Brasil a idéia de que “se é gratuito” é porque não presta. Não há celeridade processual, a morosidade mordida começa pela cara de quem atende (não quero ser injusto com os excelentes profissionais que honram a profissão e os poderes a que estão investidos). Mas o fato é que, muitos defensores precisariam fazer um curso extensivo do lado humano da qualidade. Uma espécie de treinamento intensivo buscando lembrar, lá, perdido, em algum lugar da consciência, que aquele ou aquela que está aí sentado em sua frente, já vulnerabilizado por tantas mazelas, é simplesmente, singularmente, essencialmente, uma pessoa.

Tomo por exemplo o que comumente ocorre na Capital. Quem procura esse “serviço gratuito”, depois de várias andanças, descobre – por boca de um guarda pago para fazer a segurança do recinto – este, que não detêm as informações precisas, mesmo porque, a rigor, não é sua função, que o tal atendimento não se dará naquele local, em virtude de a pessoa não morar no agrupamento de bairros delimitados para o atendimento naquele setor. Que fazer, então? Aí, o guardar gentilmente, aponta para uma lista mal organizada, afixada na parede que dá acesso ao “hall supremo” de atendimento dos vis mortais, onde, naquele exato momento, eis que passa duas criaturas incomunicáveis, cujas faces petrificadas pelo que a indústria de cosmético tem de melhor para o caso, isso sem falar (já falando) numas cabeleiras sólidas pela ação consagrada do laquê, adentram no recinto, passando pelos que lá estavam desde cedo, sem ao menos cumprimentá-los. Advogados(as), porém, muito, muito, mal educados. E o pior, é que isso é reflexo não da formação acadêmica, mas algo que a vida escolar não conseguir imprimir em suas mentes. A cordialidade.

Por fim, quem lê a tal lista e identifica o bairro em que mora, o guarda diz que o atendimento se dará por lá! Lá?! Aonde, exatamente? E então, o atencioso guarda responde como que imitando o deputado federal Tiririca: - Aonde não sei, só sei que é por lá. O consulente insiste: - Há alguém que possa me informar com precisão, onde fica o lugar de atendimento da Defensoria Pública naquele setor? O guarda sentindo-se já impotente, responde que não. É claro, que ele nem cogitou a possibilidade de perguntar, talvez por orientação, às duas criaturas (parentas longínquas de Tutankamon) qual seria o endereço ou telefone indagados.

O que me leva a filosofar concluindo: esta micro-republica chamada Parahyba se não existisse, precisaria ser inventada.

Aos advogados e membros da Defensoria Pública do Estado, aos homens e mulheres probos, meus cumprimentos. Aos perfis neste texto desenhados, minha humilde sugestão.

sábado, 12 de março de 2011

CATÁSTROFE NA TERRA DE SHOGUN

O mundo se surpreendeu com as imagens de uma verdadeira catástrofe ocorrida no Japão, a terra dos lendários Samurais e do Shogun. Hoje, ou melhor - até dias atrás -, a maior referencia tecnológica do Planeta, com especial atenção para a robótica, a miniaturização nanotec e um código genético populacional focado no trabalho. Lá não é como cá, definitivamente, não. Aqui, para se festejar o samba, quatro dias são poucos. O São João, em cidades como Campina Grande, são trinta dias!






O fato é que o Japão nunca mais será o mesmo. Essa recorrência destruidora que devastou cidades, ceifou centenas de vidas, destroçou famílias inteiras, arrasou sonhos, irá ficar impregnada na memória de gerações vindouras.

Diante de acontecimentos como esse, não podemos simplesmente ignorar os recados da natureza. Não podemos ser céticos, apáticos, insensíveis com as pessoas que estão sofrendo neste exato momento no Japão. Minha preocupação é nas recorrências com que tais fatos se alternam em vários lugares do mundo, com intensidade sempre crescente, com uma força destruidora cada vez maior, imprevisível e devastadora!

Para se ter uma idéia, o acidente nuclear no Japão recebeu classificação 4 (em escala até 7), atrás apenas de Three Mile Island (nível 5) e Chernobyl (nível 7). Os físicos já começam, a partir daí, a ver a energia nuclear com um pé atrás, dada a susceptibilidade de erros que podem comprometer cidades inteiras, quiçá, países!

Com o que sobrou de muitas localidades do Japão, restou a imagem da devastação deixando um cenário meio que medieval, coisa do século XIV, quando era possível alguém ir para as plantações dos campos de arroz, e não muito raro, dá de cara com um Shogun, como nos filmes em preto e branco, da década de 70.


terça-feira, 8 de março de 2011

CONSCIÊNCIA VISUAL: VOCÊ TEM CERTEZA DO QUE VÊ?


Imagine duas situações: Um cego de nascença e outro que perdeu a visão acidentalmente em algum momento de sua vida. Poderíamos supor que são condições iguais do ponto de vista da cegueira, afinal, se são ou estão cegos estão privados de ver o mundo que os rodeia. Certo? Não, necessariamente. Eu explico. O fator que os torna longitudinalmente diferentes é a existência de uma consciência visual, presente naquele que perdeu a visão e ausente completamente, naquele que já nasceu cego.

A consciência visual emerge das intimidades somáticas. São, no dizer de Piaget, esquemas conceptuais, imagens que o cérebro vai, com o desenvolvimento, somando umas as outras, tornando, na ótica de Pavilov, os estímulos simples em algo mais complexo e assim, munindo nosso cérebro para as mais diversas interpretações dos fenômenos visuais do mundo exterior. As neurociências mostram a possibilidade de nosso cérebro está tão cristalizado com o acumulo dos estímulos visuais que nos tornamos tendentes a ver, geralmente, por indução, aquilo que geralmente não é, pelo menos, em sua completude. É exatamente aqui, que entra um dos campos de estudo da psicologia moderna chamada Escola Gestaltista, ou simplesmente, a Gestalt.

Os expoentes máximos da Gestal são: Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Kôhler (1887-1967), Kurt Koffka (1886- 1.941) e Kurt Goldstein (1.878-1.965). A Psicologia da gestalt afirma que as partes nunca podem proporcionar uma real compreensão do todo. O todo é diferente da soma das partes. Ou trocando em miúdos, o que vemos é a soma total das partes que se juntam para formar o todo.

Entretanto, por causa de nossa consciência visual é que, muitas vezes nossos estimulados diante de uma imagem, paisagem ou figura qualquer, muito embora incompletos em suas partes constituintes, se nos apresenta como um todo, mesmo que só existam partes incompletas. O que acontece é que nosso cérebro se encarrega de "completar" mediante o que já dispõem em seus "arquivos" mentais.

O mundo da publicidade já sabe disso. E o efeito está nas propagandas autosugestivas, que levam as mentes sugestionadas a "completar" o intento do que é publicizado. Os políticos também, não apenas descobriram como a utilizam como um instrumento supraimportante para levar as massas a agir e a reagir os estímulos muito bem direcionados.

Quero finalizar dizendo que, graças a nossa consciência visual, muitas vezes podemos estar vendo aquilo que realmente não é, em sua completude, no real. Mas, não leve muito a sério toda essa explanação, se porventura você abrir a porta de seu guarda roupa e vir um homem apenas de sunga, escondido entre os vestidos de sua esposa. Neste caso, não há dúvidas, nem falha da consciência visual!


quarta-feira, 2 de março de 2011

MEU CARIRI


Este vídeo é parte de um projeto piloto intitulado Caminhos da Paraíba, que tem como objetivo desvendar a riqueza cultural, social e histórica do povo paraibano espalhado pelos 223 municípios do Estado. Como pesquisadores sociais e exploradores culturais estamos nos mobilizando a cada último domingo do mês e ao final pretendemos lançar um livro guia com esse mesmo título. Se você quiser fazer parte de nossos andanças é preciso dispor de carro próprio e juntar-se a nós nessa aventura enriquecedora. Contate-nos e informe-se mais.


http://www.youtube.com/watch?v=i3dK-NBvYv8