quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

FREUD E O COMPLEXO DE ÉDIPO

Édipo é o personagem principal de uma antiga lenda grega cuja história foi marcada por dois acontecimentos trágicos: Édipo casou-se com sua mãe e matou o seu próprio pai. Depois disso, corruído pelo remorso, furou os seus próprios olhos para se punir. Essa mesma história, diz Freud, repete-se na vida das crianças em relação aos seus pais e mães.

De modo geral, segundo Freud, isso acontece quando o menino começa a manifestar uma exagerada preferência pela mãe. O menino passa a desejar sua mãe somente para êle, tornando-se ciumento em relação ao pai e faz tudo para eliminá-lo de sua convivência com a mãe. Ao mesmo tempo que isso, ou posteriormente, sente-se culpado de uma falta grave, experimenta remorsos em relação ao pai. A mesma que se dá ao complexo de Édipo.

O fato de que as crianças sejam capazes de ter sentimentos amorosos em relação aos pais não se constitui motivo de espanto para nós, pois já sabemos que as crianças tem vida sexual e o seu sexo não se manifesta de forma genital. Freud afirma, além disso, que o Complexo de Édipo não desaparece normalmente durante a infância. Com o simples passar do tempo o complexo vai se dissolvendo e surge em seu lugar um perfeito equilíbrio nas relações entre pais e filhos. Quando a evolução é normal, as coisas se passam mais ou menos da seguinte forma:
1) O menino se liga à sua mãe através dos cuidados, as atenções e os carinhos maternais. Com o tempo ele passa a querer sua mãe só para si: deseja possuí-la totalmente (claro, não no sentido genital). 2) Pouco a pouco ele descobre a importância do pai. Percebe que não é só ele que ama a sua mãe. O pai também a ama e por isso torna-se seu rival. 3) O menino deseja casar com sua mãe, desejará possuí-la completamente para si, sem interferência do pai. 4) Como ela já tem um marido, o menino deseja eliminar aquele rival importuno. Luta para conseguir isso, mas evidentemente não pode vencer o pai pois este é muito mais poderoso do que ele. O jeito que encontra para se vingar é o de tornar-se agressivo, cínico, desobediente, zombeteiro etc. 5) Com o tempo, o menino muda sua maneira de amar. Em vez de querer a mãe só para si, ele passa daqui por diante a uma nova tendência: deseja proteger sua mãe, tenta envolvê-la com o manto protetor contra o que possa vir contra ela. Não permite que ninguém a magoe. (Continua...)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O FATOR HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES


Antes de tudo, para início de conversa, precisamos saber exatamente o que significa a palavra fator. Para a Psicologia Experimental, fator é uma variável que pode ser quantificada e controlada. HOUAIS (2004) define fator como "elemento que concorre para uma resultado".

Dentre os vários fatores envolvidos numa dada organização, um dos mais importantes é o fator humano.O estudo do fator humano nas organizações podem ser divididos, segundo WEIL (1980) em três partes principais: A) Adaptação do Homem ao trabalho; B) Adaptação do trabalho ao Homem; e, C) Adaptação do Homem ao Homem.

ADAPTAÇÃO DO HOMEM AO TRABALHO. É possível, hoje, com relativa facilidade, por meio de exames psicológicos, classificar as pessoas em função das suas aptidões, gostos, interesses e personalidade. Pode-se até afirmar que 50% dos colocados num emprego podem estar sujeitos a dentro de um ano estarem resumidos em apenas 10%.
Aqui vale a máxima popular: cada macaco em seu galho.

ADAPTAÇÃO DO TRABALHO AO HOMEM. O ambiente físico de trabalho, a maquinaria, as instalações em geral, têm de ser adaptados ao Homem. E nesse aspecto a ergonomia tem fundamental importância, pois fatores como satisfação, rendimento, saúde no trabalho vão estar sendo equacionados. Um outro prisma precisa ser destacado: a psicologia das cores. Paredes pintadas de cor verde ou amarela podem contribuir para um bom rendimento, na produção, ao passo que cores cinza e escura, com suas variáveis, tendem a indispor a mente, elas deprimem e provoca diminuição de ritmos no trabalho.

A cor vermelha é mais estimulante que a amarela, porém, provoca, ao longo do tempo, cansaço e irritação. Outro exemplo, já clássico, é a adaptação dos assentos à fisiologia de cada pessoa. O aspecto ergométrico, já destacado.

ADAPTAÇÃO DO HOMEM AO HOMEM. Quando as engrenagens no trabalho não estão girando harmoniosamente é porque ainda não foi criado na empresa um ambiente satisfatório de trabalho, alicerçado na confiança mútua e de respeito humano. Ora, sabe-se que uma pessoa que faz uma coisa ciente da importância do seu trabalho e do seu respectivo valor, produz muito mais do que uma pessoa da qual se pede simplesmente obediência.

Reuniões periódicas dos dirigentes e do pessoal nos diferentes graus de hierarquia, nas quais se debatem os problemas da empresa com franqueza e sem "panos quentes" aliadas a um sistema justo de promoção e de remuneração, feito a céu aberto e não às escondidas, cria ambiente de confiança e de cordialidade. Outra máxima para fechar o assunto: "Você pode comprar o tempo de um Homem; Você pode comprar a presença física de um Homem em determinado lugar; Você pode igualmente comprar certa atividade muscular, pagando-a por hora ou por dia; mas Você não pode comprar entusiamo; Você não pode comprar iniciativa; Você não pode comprar devoção de corações, de espíritos, de almas; essas virtudes Você terá que conquistá-las".
(S.B. Scott).


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HOUAISS, A. Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Editora Objetiva: Rio de Janeiro, 2004.
WEIL, Pierre. Relações Humanas na Família e no Trabalho. Editora Vozes: Petropoles-RJ, 1980.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

CAPACITAÇÃO SOLIDÁRIA: FAÇA SUA PARTE


Para quem não sabe, existem centenas de profissionais, de diferentes áreas, super comprometidos com seus afazeres, agenda sempre esgotada; contudo, conseguem reservar um pouco de seu tempo para se dedicar ao aprendizado social e técnico de pessoas em situação de vulnerabilidade social, isto, sem cobrar absolutamente nada! Eles nem chegam a aparecer na televisão. Mas estão nas periferias treinando, capacitando, instruindo jovens e adultos, ajudando-os de uma forma ou outra na busca de seus ideais. E isto é simplesmente, gratificante.

Gratificante porque não há nada mais prazeroso e recompensador do que trabalhar as capacidades múltiplas das pessoas, fazê-las enxergar o futuro atingível através de idéias, troca de informações, lapidação e aperfeiçoamento.

Essa foi a minha experiência prática num dos bairros da cidade de Campina Grande-Paraíba. Primeiro, fiz um levantamento sócio-econômico de uma dos bairros periféricos mais antigos da cidade. Nesse levantamento, com a ajudinha do IBGE (Indicadores Sociais), é claro, eu descobri que o bairro que elegi tinha 12 mil habitantes, 55% da população sobrevivia com renda mensal de 1 a 2 salários mínimos, isto quer dizer, que na grande maioria das residências com 5 a 8 membros por família, o dinheiro mal dava para assegurar o alimento. E nessa parcela, estavam jovens que cedo se envolviam com a prostituição e drogas. Um dos maiores índices de criminalidade de Campina era dessa bairro.

Enfim, mantive contato com a presidenta da Associação de Moradores do Bairro, fiz os combinados para a primeira faze que consistia de divulgação e inscrição gratuita do CURSO DE CAPACITAÇÃO SOLIDÁRIA com o tema: EMPREGABILIDADE: DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS.

A segunda fase, foi a organização do conteúdo. Dividi o curso em quatro partes: I - Como organizar o currículo corretamente; II - Como Encarar a Entrevista Psicológica; III - Como Encarar os Testes Psicológicos; IV - Desenvolvendo a Empregabilidade.

Com o conteúdo organizado, minha preocupação era a forma como transmití-lo para jovens que não eram familiarizados com muitos dos termos que fazia parte do pacote. Para tanto, utilizei a metodologia de treinamento avançado do Friedrich Naumann Instituto e alguns detalhes da Metodologia MetaPlan da ONU.

O layout do Cartaz-convite, que esteve quinze dias antes, afixado nos pontos de comércio do próprio bairro, assim como a padronização das apostilas e ficha de inscrição eu mesmo desenvolvi no CorelDrawn X5, como medida de redução de custos.

Fiquei surpreso no dia da inscrição. Com um número relativamente grande de jovens e adultos interessados no curso, dividimos os horários e então, passamos a ministrá-lo. Foi um sucesso. No final, fizemos uma pequena festa para a entrega de certificados. E todos saímos satisfeitos. Mas, eu particularmente, aprendi muito mais com eles do que eles comigo. Aprendi a enxergar a vida com o alargamento dos muitos olhares e as multiformes perspectivas.

Foi uma experiência que valeu a pena. E eu a recomendo a todos que desejarem aprofundar sua visão de vida.

TODOS SOMOS GANANCIOSOS


Em certo nível, todos somos gananciosos. Faz parte do ego. Quer admitamos ou não. Resta cada um de nós saber identificar o grau evolutivo ou involutivo da ganância que existente e conforme o caso, tratar de manter fora de alcance das pessoas em redor.

De acordo com S.K Scott in Salomão, o Homem mais rico que já existiu, a ganância tem consequências, e ela pode roubar nossa vida. Ela pode também destruir nossa segurança financeira e afetar nossos entes queridos, levando-nos, por conseguinte, a falência emocional, extinguindo nossa felicidade, roubando-nos o sentido da vida.

Gananciosos trazem desarmonia para seus próprios lares. No começo a pessoa pensa em ganhar mais, apenas um pouquinho. Depois, mais um pouquinho e quando menos se espera, todo o tempo passa a ser canalizado apenas para o que se tornou numa irresistível sede de ganhar. Não existe mais tempo para esposa e filhos, nem para as reuniões sociais com amigos e a igreja.

Muitos dos relatos clínicos de adolescentes e jovens que caíram nas drogas têm relação direta com a ausência de seus pais nos eventos mais simples de suas vidas. Tudo o que eles queriam na verdade, não era dinheiro ou bens de consumo imediato. Era apenas a companhia de seus pais. A ganância consegue tirar todos os verdadeiros bens de nossa vida. O que mais importa, a paz, a tranquilidade, o conforto de nossa família.

A ganância nos torna cegos crônicos. Não conseguimos enxergar o que mais importa. À medida que conquistamos nossos objetivos adquirimos as coisas que queríamos, em vez de sentirmos gratidão e o desejo de compartilharmos a alegria pelo o que se tem, concentramo-nos naquilo que ainda não temos. A ganância nos rouba até o sentido de satisfação para alargar a sede incontida de ter mais e mais e mais. A alma parece nunca se fartar.

Depois de muito lutar alimentando a ganância instaurada no coração, descobrimos que o tempo passou, e o muito que foi desperdiçado buscando enriquecer cada vez mais, não resultou senão em desilusões. Nos deparamos com a amargura da velhice e com ela a solidão. Descobrimos que passamos pela vida inteira sendo expectro de Homem, passamos pelo vida, sem tê-la vivido.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O MORRO DO ALEMÃO E AS FORÇAS ARMADAS


Assistindo daqui, de minha poltrona, as intervenções militares de combate ao crime organizado do Rio de Janeiro, operações reais que deixaram algumas produções hollywoodianas bestas no hall dos filmecos, percebi a necessidade e até urgência que o Brasil tem de envolver o contingente que está na sua maioria aquartelada, perdida entre treinamentos de rotina e trabalhos burocráticos, em mais ações dessa natureza. Quem advogava a tese de inconstitucionalidade das tropas federais em táticas urbanas hoje se cala diante do agravo que se instaurou no Brasil por meio do crime organizado que gerenciava a comercialização de drogas, que impunha suas "leis" arbitrárias contra a população civil.
O uso das forças militares nessas intervenções contra o crime organizado se justifica quando há evidências de falhas estruturais no monitoramento de fronteiras por onde a maior parte dos entorpecentes entra no País, além do armamento pesado que circula nas mãos dos criminosos. Se a Constituição Federal diz que "a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis; e, policias militares e corpos de bombeiros militares" (Cap. III - Da Segurança Pública, Art. 144, incisos I-V), a mesma Carta Magna aponta o artigo 142 nos seguintes termos: "As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem" (Ibidem).
Harmonizando as competências, vê-se que intervenções das Forças Armadas em ações planejadas e coordenadas numa soma de forças na qual a força policial experiente e igualmente competente se junte para destronar impérios das drogas como no Rio de Janeiro é plenamente aceitável. Isto para a manutenção da ordem pública e principalmente para a preservação da incolumidade do cidadão. Mas continuo achando, que se o efetivo militar das Forças Armadas cumprirem seu papel na ampliação da guarda de fronteira, então, um passo enorme terá sido dado no enfrentamento do problema.
É claro que, num País de dimensões continentais, não é fácil, nem simples estabelecer um cronograma permanente de monitoramento de fronteira, falta contingente e equipamento, mas com o que se tem já é um bom começo.

sábado, 27 de novembro de 2010

A VIOLÊNCIA E MORTE NO RIO 50º

Um estudo iconográfico

No início dos combates os bandidos disseram via rádio que não iam sair, pelo contrário, iam resistir a polícia com fogo pesado, numa clara demonstração de força e disposição para desafiar o Estado, numa luta renhida pela garantia de território.
Quem são eles, afinal? O discurso sociológico diz que são subprodutos de uma anomalia de um Estado que não cumpre seu papel cidadão. São a prova do maior fracasso educacional brasileiro. A análise psiquiátrica diz que são arquétipos da destruição, estão prontos para matar sem hesitação alguma, sem critério, sem moral alguma.

Eles sentem uma espécie de gozo macabro ao espalhar a destruição como se esses atos impusessem mais respeito em relação a outras facções rivais de morros próximos. É uma espécie de assinatura de ações devastadoras. Parece haver um forte culto ao fogo como elemento que traz além da destruição, o terror físico e psicológico. Suas mentes conseguem assistir prazerosas, vítimas julgadas arbitrariamente, independente da idade ou sexo, serem mortas de forma lenta por pneus em chamas.


A razão de toda essa desordem são as drogas. Pelo domínio dos mercados bandidos se matam reciprocamente. São as drogas que financiam campanhas eleitorais, que mantém esquemas até com setores da própria polícia. Que conseguem atrair jovens para um exército cada vez maior de alienados cuja expectativa de vida não ultrapassa os 20 anos.








quarta-feira, 24 de novembro de 2010

VOCÊ É CAPAZ! ACREDITE.


Minhas cordiais homenagens à professora Conceição. Foi ela quem me disse lá no velho Cinistrão da UEPB onde funcionava, à época, o departamento de Psicologia que eu era CAPAZ. Embora as circunstâncias deveras modestas com as quais me deparei enquanto acadêmico vestido naquela calça jens desbotada e chinelos de couro desgastado relutassem em me dizer o contrário.
Não sei exatamente o porquê. Mas foi aquela frase que ficou vívida na cachola e que me fez extrair forças da fraqueza para poder ir além.
Trabalhando como assessor de um vereador de Campina Grande, que havia sido nomeado Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, precisei buscar no arquivo da memória aquele importante lembrete da estimada Mestra.
A história do gabinete daquele parlamentar deu um reviravolta e um amigo competentíssimo, também assessor, atuante na área jurídica, ascendeu, alçou vôos mais altos e eu fiquei só com a responsabilidade outrora dele: a de manter todo o ritual da Comissão em dias. Isto representava um desafio jamais enfrentado. Eu tinha que, inicialmente me acalmar diante da frase magnânima do edil: "Se vire!". Depois estabelecer o calendário das audiências públicas e a abertura do prazo para recebimento das emendas dos demais vereadores. Loucura total!!! Nunca tinha sequer participado de um treinamento ou orientação sobre os procedimentos. Enfim, fiz os editais, e devidamente assinados pelo vereador, protocolei as convocatórias destinadas aos secretários do Poder Executivo Municipal com as respectivas datas das audiências públicas e fiquei confinado três dias seguidos com a mensagem orçamentária enviada pelo Prefeito, um amontoado de páginas com cerca de mil e quinhentas folhas contendo números e mais números.
A mesa grande da sala em que eu estava se tornou pequena com um amontoado de livros e demonstrativos. O exemplar da Lei de Diretrizes Orçamentária, a Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município, o Regimento Interno da Câmara, estes disputavando espaço e minha atenção.
No final, após ter examinado cada emenda dos vereadores e preparado as próprias emendas do Presidente da Comissão, tinha que concluir aquele exame com o Relatório da Comissão, emitindo inclusive o Parecer. Ufa!!! Só depois que se deu por encerradas as audiências e que pessoas à minha volta diziam baixinho que tudo havia transcorrido na mais absoluta tranqüilidade, outros elogiavam dizendo que havia sido um sucesso, eu dizia para mim mesmo, com ares de quem desligou uma engrenagem de uma bomba digital, que devia tudo isso a Deus e a minha professora que sempre recorria a essa frase ao meu respeito: VOCÊ É CAPAZ!!!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O GOZO DE PODER E A PRATICIDADE DO ITAÚ


As operações financeiras do UNIBANCO e ITAÚ, são una, como todos já sabem, foram fundidos e aí, o maior conglomerado financeiro do Hemisfério Sul, combinando ativos de mais de R$ 575 bilhões, têm pretensões ousadas de entrar no cenário mundial com poder de fogo altamente competitivo, situando-se no 20º lugar no ranking.
A reflexão que desejo aprofundar não é exatamente sobre valores de mercado, até porque não sou da área. Quero falar apenas como mero espectador de cenas que marcaram o dia em que precisei ir a uma agência do Itaú, outrora Unibanco, no Centro de Campina Grande e - confesso sem nenhum exagero - que ali, naquele espaço ainda em reforma, estava um verdadeiro exército de velhinhos numa espécie de fila indiana sinuosa e monstruosa que tinha uma extensão para além dos limites da própria agência, os que estavam fora do banco disputavam espaço entre os camelôs e as transeuntes, um verdadeiro misto de gente sofrida e de semblante abatido, com a dura certeza de que, ao adentrar na agência, entre empurrões, iriam seguir a fila ao segundo andar para então descer e girar uma, duas, três vezes até, por fim, chegar ao fim do calvário, a boca do caixa.
E isso não é apenas no Itaú, acontece nas demais agências onde frequêntemente o direito é desrespeitado de forma aviltante. Mas, em particular nesse tal de Itaú, nunca obtive tão rico material para análise freudiana sobre o gozo de poder, essa incrível sensação que têm alguns que estão do outro lado do balcão. É fácil para esses "alguns" despachar o velhinho ou a pessoa desinformada dali mesmo. Sem dar a mínima para o tempo desperdiçado na fila da morte antecipada. Em João Pessoa, na agência da Jofesa Taveira, vi uma subgerente, com sua maquiagem que escondia sutilmente a anunciação da velhice dizer para um velhinho que, naquela agência, ela procedia assim mesmo e ponto final. Ela não falou como pessoa jurídica e sim como pessoa física. Juntando um fato com o outro pude perceber que os funcionários do Itaú, não todos é claro, não tiveram aquela importante sacada que deveriam todos tirarem de letra: a funcionalidade, a existência e sucesso de qualquer banco não se deve aos grandes correntistas e acionistas e demais investidores, não! Se deve a esse inesgotável fluxo de operações mínimas decorrentes dos salários, pensões e benefícios, a existência dos velhinhos que eles tanto massacram.
Para solucionar o problema das relações sociais conflitantes e minimizar o desgaste preservando a imagem do banco, eis que entram em cena consultores de São Paulo para oxigenar a atmosfera entre funcionários e funcionários/cliente. A alta gerência nunca acreditou que em nível local existam profissionais de Recursos Humanos gabaritados, inclusive para montar uma estratégia de atendimento eficaz e acabar de vez com esse empurra-empurra que vitimiza os velhinhos todo o final de mês. Não existindo quaisquer possibilidades de diferenciar o atendimento de forma ética e sem arrodeios o bando Itaú e demais nessa mesma situação acaba por incorrer em crimes dolosos contra o idoso, gestantes e portadores de necessidades especiais.
Jugo importante que o Poder Executivo Municipal ou Estadual antes de colocar a folha de pagamento na tutela de uma banco como o Itaú, que opera nessas condições, o faça também, sob a garantia por escrito, de que todos os clientes terão qualidade no atendimento nos dois níveis: operacional e humano. Quem sabe a assim o gozo de poder de "alguns", mesmo que fugaz e infanto-debiloide, se limite apenas ao âmbito mental, sem prejuízos de terceiros.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

NAZI ADVENCE IS STOPPED BY RUSSIAN GUNS AND RED COUTENTERATTACK BEGINS

The Russian have used a system of defense in depth ever since the war started. In 1941 the Germans were able to penetrate almost all the way to Moskow before defense in depth brought them.

REDAÇÃO NÃO É BICHO PAPÃO


A redação é ponto fundamental de todo vestibular, principalmente do Enem, correspondendo a 50% da nota final do candidato. Por isso, para um bom desempenho, é preciso atenção redobrada. "A redação é a forma de avaliar o conhecimento mais significativo e revelador do aluno, porque vai além da 'decoreba', daquilo que é possível memorizar", diz o surpervisor de português do Sistema Anglo de Ensino, Francisco Platão Savioli.

Segundo o especialista, o tema da redação do Enem 2010 deve girar em torno de três grandes eixos. O primeiro deles é a relação do homem com ele mesmo, o que engloba assuntos como realização profissional, felicidade e crenças individuais. "Esses assuntos são mais raros, mas são abordados nos exames", pontua o especialista. O segundo eixo, mais comum, trata da relação do homem com a sociedade. Aparecem aí propostas relacionadas a cidadania, política e capacidade de negociação, direitos individuais e solidariedade. Por fim, o terceiro eixo contempla a relação do homem com o meio biofísico. "Aqui, entram tópicos como sustentabilidade, relação do homem com a naturaza, clonagem e experiências com animas. São temas em voga nesses últimos anos", diz Platão.

Para desenvolver satisfatoriamente o tema, o professor sugere que o candidato invista em seu repertório de argumentação. "O objetivo da redação é avaliar se o aluno sabe refletir sobre os mais variados assuntos ou se ele é apenas um repetidor de chavões e lugares-comuns. Ele precisa ter ideias próprias e saber sustentá-las", acrescenta.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

La reinvención de Hotmail


El responsable mundial del correo de Microsoft , Walter Harp, explica que el servicio mejora la gestión de archivos y ofrece almacenamiento sin límite

Cada vez es más común encontrar entusiastas de su trabajo y menos hombres de mercadotecnia y ventas a los mandos de servicios populares en Internet. Al hablar con ellos la gran diferencia se nota no sólo en el entusiasmo y la cascada de cifras y datos, sino también en la actitud humilde en todo momento y las ganas de escuchar las sensaciones que producen sus servicios en los demás.

Walter Harp dedica todo su tiempo a uno de los servicios más conocidos de la Red: Hotmail, el servicio de correo que compró Microsoft. Entre las curiosidades que maneja está que un usuario tiene como media 2,6 cuentas de correo (no necesariamente de Hotmail), que el 25% del correo que reciben los clientes de Hotmail proviene de Facebook. Está orgulloso de que desde 2006 a 2010 se haya reducido la cantidad de spam (correo no deseado) que llega al usuario, ha pasado del 25% al 4%.

Hotmail ha cambiado mucho desde sus comienzos en 1996. Ahora no hay que andar con cautela para no llenar la bandeja de entrada; el espacio se amplia solo, a medida que se necesita, y se comienza con 5 gigas. Como no puede ser de otra forma, el cóctel de Microsoft y popularidad genera leyendas urbanas. Una de ellas es que si no haces tal o cuál cosa que se indica en una cadena de correos se cerrará la cuenta. Toda una falacia, aunque se sabe poco, las cuentas de Hotmail pasan a reciclarse después de más de 2.000 días sin detectar uso. En todo el mundo hay 364 millones de cuentas de Hotmail. Sus competidores no le van a la zaga: Yahoo! tiene 302 millones y GMail, 175.

Pregunta. Antes de trabajar en Microsoft, ¿tenía una cuenta de Hotmail?

Respuesta. No, no tenía. Tenía mi correo personal en AOL (America Online) y tenía una cuenta en Yahoo! para mensajería instántanea. Cuando entré en Microsoft abrí mi cuenta.

P. Una de los últimos cambios en su servicio es que cuando se entra en el correo ya no conecta automáticamente en la mensajería instantánea. ¿Están separando su 'Messenger' del correo?

R. No es tanto una estrategia como una forma de satisfacer las peticiones del usuario. Desde hace tiempo pedían poder mirar el correo sin aparecer como conectados para sus amigos. Así es más fácil ser productivo. Hemos visto que la gente quiere escoger en qué momento ve el correo y cuándo prefiere chatear.

P. En ocasiones da la sensación de que ustedes más que problemas con sus productos, los tienen con la comunicación. La gente sigue pensando que ustedes limitan el espacio y que es GMail el servicio que permite guardar todo.

R. Hace seis años que trabajo aquí. Cuando llegué Hotmail no era importante para Microsoft. Era casi un lastre, un servicio que no daba dinero y cuyo mantienimiento resultaba muy caro. Apenas se hacía publicidad de ello.

ROSA JIMÉNEZ CANO - Madrid - 14/11/2010 El Pais


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

QUE TIPO DE FUNCIONÁRIO É VOCÊ


Toda organização tem, no mínimo três tipos de funcionários, os ambiciosos, os acomodados e os cimentos sociais. É o que diz estudo publicado pela VOCÊ/SA (edição 143/novembro 2010), que ensina como identificar, gerenciar e motivar profissionais que estão presentes na totalidade das empresas e demais organizações.
Os funcionários ambiciosos, buscam ascensão na carreira, são exibicionistas e se preocupam com a imagem. Esse tipo, não tem apego a empresa nem ao cargo. Se a concorrência oferecer mais ele não pensa duas vezes. Apesar disso, são profissionais essenciais a qualquer equipe, por ter muitas idéias, sendo altamente produtivos e adoram bater metas. "No estudo das correntes motivacionais esse tipo justifica o ritmo que se imprime no andamento dos trabalhos e projetos" é o que diz o psicólogo JB Nunes.
Funcionários que compõem o segundo exemplo, o dos acomodados, em geral têm cinco a dez anos de casa, está adaptado a empresa e a função. Não são necessariamente desmotivados ou folgados, apenas não têm grandes expectativas de crescimento. "O acomodado gosta do que faz e é fiel a empresa", afirma Mario Mattos, diretor de Marketing da GFK.
Esses profissionais precisam ser acompanhados de perto e instigados do ponto de vista motivacional. A diferença entre os ambiciosos e os acomodados é no campo das conquistas e avanços. Os primeiros não encaram a empresa, nem a função nem chefes num prisma afetivo, são secos e objetivos, calculistas. As acomodados são mais afetivos ao meio no qual trabalham.
Já o terceiro tipo, os funcionários cimento social são pessoas integradoras, aglutinadoras. Eles ajudam colegas recém chegados na empresa, são adaptativos e festivos. Eles são importantes por aproximarem pessoas e departamentos. Elas são verdadeiros navios quebra-gelos no universo das organizações. Esses caras são excelentes na construção e ampliação de redes sociais, o tal networking. Altamente positivos na divulgação da empresa e eventos.





terça-feira, 9 de novembro de 2010

NÓ NA LÍNGUA


Outro dia, a memória me fez recordar um acadêmico do curso de direito (hoje, adêvogado), uma figura jovial, esguia e de andar que buscava ares de elegância. Posto naquele paletó sob medida, sob medida mesmo! Segurando alguns finos livros que trazia sempre como uma espécie de patente do saber e com aquele olhar perscrutador da vida e das pessoas, pois bem, esse sujeito, amante das boas e corretíssimas palavras da Língua Portuguesa, fez questão de me corrigir ao ouvir o que lhe pareceu uma cacofonia, uma tragédia, um desarranjo total do falar coloquial que tanto desprestígio traz a nossa língua mater. Eu acabara de afirmar que minha "pasta de dentes" era a branquinha Colgate!!! Ixiiiiiiiiiii danou-se! O candidato a doutor se apressou ao repetir a mesma frase, com leve tom de correção, desses que faz a gente sentir um misto de vergonha e culpa. Vergonha de estar diante de outros espectadores atestando meu malogro linguítico; culpado, de não ter prestado atenção no rótulo da embalagem onde se lê: creme dental. Foi exatamente aí que decidi nunca mais falar errado. De repente estava eu, entricheirado entre livros e mais livros, dicionários da Língua Portuguesa, Simiótica e tanto me punha a estudar que falar difícil parecia me garantir um status fora do comum.
Tolices! Meus excelentes professores me fizeram ver a razão de tudo isto. O importante não é falar difícil, rebuscado, empolado, latinizado. Não! O importante é se deixar compreender através das formas claras e sublimes da linguagem, de modo a produzir uma comunicação próxima, eficaz, direta, objetiva em todos os seus contornos.
Hoje, percebo que o falar difícil até nos ciclos intelectuais mais fechados não passa de pura vaidade e que o mundo da comunicação tende cada vez mais a simplicidade das formas daquilo que está sendo dito. Até o jargão médico e jurídico, outrora inacessível a corrente comum do pensamento popular passa por uma crescente simplificação dos termos linguísticos. E besta é quem insiste em permanecer na obscuridade do discurso, gastando seu latim à toa, sem se fazer entender senão por ele mesmo.
Após meses trabalhando ao lado de um homem simples, pacato, ordeiro, pontual, um senhor experiente, vivido, conciliador, conselheiro, numa de nossas frequentes conversas ele falou que era juiz. Eu o ouvi fazer menção aos itens de suas compras no supermecado, uma delas, a tal "pasta de dente".

JB Nunes.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

JORNAL DE AMANHÃ: O FIM DO MUNDO


NYTIMES (06 de junho de 2018)
Há cinco meses da destruição da Mesquita de Omar, no Monte das Oliveiras em Jerusalém, um crescendo de outros eventos catastróficos vêm acontecendo em todo o mundo. Segundo fontes da Inteligência Americana, exércitos do Egito, Síria, Jordânia, Irã e Líbano estão estacionados nas proximidades de Israel, preparando um ataque maciço sobre Jerusalém. Verifica-se em todo o mundo uma onda crescente de manifestação dos povos islâmicos exigindo a punição de Israel. Atentados terroristas de grandes proporções levaram os países membros da ONU a forçarem os EUA a assinarem o Pacto da Não-intervenção, significando que Israel não terá como se defender dos ataques iminentes. Notas constantes do jornal Newsweek dão conta de que a OLP está enviando soldados e artilharia pesada para a região, para uma faixa territorial chamada de Megido.
Mas o que é tremendamente preocupante neste cenário jamais visto na história é o crescente desprezo pela religião, isto em escala mundial, principalmente aquelas que evocam o nome de Deus, Jesus ou coisas do gênero. Parece o estabelecimento de uma nova ordem social sem as amarras da religião. Em vários países foi declarada pena capital na casa onde for encontrada um exemplar da bíblia ou livros religiosos. A Europa praticamente extirpou todo que faça lembrar religião. Pensadores de todo o mundo são unânimes em afirmar que agora o mundo está verdadeiramente livre!
Centenas de milhares de religiosos que se recusaram a obedecer a nova lei mundial e estão sendo caçados até por grupos antes considerados subversivos a ordem pública como os skinheds, os punks, enfim, anti semitas, saíram do armário e estão em todo o lugar prendendo e até matando inúmeros religiosos que se mantiveram firmes em seus propósitos.
Muitos para sobreviver fugiram para os montes e lugares inabitados. Mas a Força Internacional da União Universal já os rastreou e mapeou todos os lugares ocupados por eles, monitorando todos os seus passos via satélite de alta precisão.
Como esforço único de todos os países do mundo e para estancar as crises econômicas que estouraram após o grande atentado a Mesquita de Omar, foi anunciado o lançamento do primeiro e único supercomputador denominado de "A BESTA", que a partir do próximo mês irá fornecer informações detalhadas sobre a situação econômica e social de cada cidadão no planeta. É, sem dúvida, uma obra prima do engenho humano, alguns cientistas mais entusismados o chamam de "Deus da Nova Ordem".
Na Cúpula dos Líderes Mundiais, prevista para esta semana, será escolhido o chanceler da Ordem Mundial que irá comandar os destinos do mundo. O grande candidato, cogitado pela maioria dos líderes é o jovem Maytréia, estadista, cientista e sobretudo, um grande pacificador. Foi ele quem trouxe soluções para todo o Continente Africano. Água potável e saídas tecnológicas inteligentes para a produção de alimento em grande escala e a custo mínimo, quem reduziu a zero os conflitos étnicos do mundo. Hoje, graças a ele, os povos curdos andam de mãos dadas com afegãos. Foi ele quem acabou com o problema das drogas dando perspectivas de vida para milhares de pessoas envolvidas. Com isso a violência também caiu em escala vertiginosa.
Numa estratégia de sobrevivência Roma declarou total apoio ao novo chanceler e conclamou a todos os homens e mulheres de bem a também apoiarem sua ascensão política como o verdadeiro Deus deste século.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

POLÍTICO: PRODUTO DIFÍCIL DE VENDER


Difícil, mas não impossível.
Tomando como base o estado da Paraíba, palco de disputas eleitorais renhidas, forte influência bairrista e acentuado karma coronelista, lugar comum dos 'heróis atores' que apreciam bem a arte da manipulação e assomos emocionais, não é fácil chegar ao pódio. Nesta sesmarias, onde até a bandeira de cores tristes e acentuado apelo a depressão - como o tempo que a forjou - pende para o atraso, quem se candidata a um cargo eletivo sem auscultar e perscrutar o momento, a situação, o meio, pode gastar rios de dinheiro que não se elege. O ruim pode piorar se for assessorado por idiotas, amantes dos vícios próprios dessa área.
Regras simples: é melhor um boboca assessorado por um expert do que um sabido aconselhado por idiotas. Um tolo rodeado por conselheiros leais, passa por sábio.
Então, vamos começar do começo. O candidato já tem um conjunto de bandeiras a ser defendidas na campanha? Não se engane, só porque Toim da Sopa ganhou prometendo criar um Ministério das Sopas na Assembléia Legislativa, e uma PEC (a moda agora é essa, PEC pra cá, PEC pra lá...) que vai protocolar na Assembléia Legislativa instituindo a obrigatoriedade de mudança da cultura alimentar da Paraíba, é sopa no café, é sopa no almoço é sopa no jantar! Espero que não caia mosca em tanta sopa! Não significa que você também irá ganhar conversando besteiras.
As bandeiras nascem das idéias problematizadas no âmbito social, tem a área da saúde, emprego e renda, ecologia, sustentabilidade, etc e etc. É claro que não podemos correr o risco de ser ridicularizados com idéias de projetos inconstitucionais, ou que gerem conflitos institucionais, ou inócuas por equívocos de atribuição de Poderes. Por exemplo, um candidato a deputado estadual não pode discursar em palanque que vai cria a PEC dos franelinhas municipais, porque PEC é uma proposta de emenda a constituição, não do estado no qual pertence, nem do município, mas da União, PEC será sempre objeto de discussão na esfera do Poder Legislativo Federal. Assim como um candidato a vereador não pode dizer que, se eleito, irá inaugurar este ou aquele hospital, isto é atribuição do Poder Executivo, no caso, o prefeito. O pior é que o povo está tomando conhecimento desses detalhes, devagar, mas está. E candidatos desse naipe intelectual são logo descartados, são inconsistentes (e, não poucos, inconseqüentes).
Ao contrário da cultura predominante no meio político, uma excelente campanha não depende exclusivamente de dinheiro. Conheço um senhor idôneo, vivido, nota 10 no mundo da jurisprudência, excelente pessoa. Ele queria terminar sua vida pública como deputado federal. Rodeado, porém, de assessores incompetentes e oportunistas. O coordenador da campanha, na reta final, era possível encontrá-lo nos corredores do Shopping Manaíra, bebendo vinho caríssimo e falando alto. Resultado, mais de 4 milhões gastos na campanha, sem retorno. Uma derrota anunciada pelas pesquisas internas.
Esses e outros exemplos, permitiram-me extrair a seguinte conclusão: as lideranças compradas a peso de prata, se deixam vender a preço de ouro. No período pré-eleitoral eles prometem que podem garantir votos até pra eleger presidente da República. É um engodo, um engano tramado ardilosamente. Defendo que a conquista de voto deva ser feita diretamente com o eleitor, sem atravessador, por meio do contato direto, olho a olho, do candidato com as pessoas, mostrando simpatia, sinceridade, propostas reais que instigue o eleitor a pensar, a atribuir valor ao voto.
Outra constatação: o período eleitoral tem um poder transformador mas visível do que aquele prometido pelos evangelhos. Nunca vi uma rapidez de mudanças tão eficiente dentro de um período relativamente curto. Pensar, por exemplo, que representantes de seguimentos religiosos transferem votos é correr sérios riscos de perder e feio qualquer campanha. Digo isto, porque falsos líderes travestidos de religiosidades, dizendo ser donos desse ou daquele "mega-grupo" tem no período eleitoral a mega chance de vender um povo que não lhes pertencem. Não duplamente ladrões insaciáveis.
Os verdadeiros líderes têm a missão apenas de esclarecer sobre o papel livre e soberano do exercício da cidadania e nisto está a capacidade de escolha, essência do voto. Ele deve trabalhar as temáticas apresentadas pelos candidatos, sim. Quando estas dizem respeito aos direitos constitucionais legados ao cidadão e a Igreja.
Por isso, é um engano pensar que lideranças compradas possam ser a garantia de uma boa campanha. Comprar votos na reta final, não vale. Distribuir feiras na calada da noite anterior ao dia de votação, não é inteligente. Nem detornar oponentes pela internet.
Há um caminho mais difícil. Porém eficaz. Veja só: depois de organizar as bandeiras de campanha, com idéias bem estruturadas, projetos viáveis e de alcance social, porque não gravá-las num CD (de áudio, com a extensão WAVE que pode ser tocado em qualquer suporte), escutar sua própria voz e melhorá-la nos pontos de realce através do ensaio, fixando as idéias na mente. Eleja no mínimo cinco amigos e amigas que se destacam na área de letras e comunicação social, contabilidade, designer gráfico, e competências de articulação. E aí, talvez você esteja diante de uma boa equipe. Distribua entre eles CDs gravados com suas idéias e ouça atentamente suas críticas. Certamente, entre eles surgirão idéias extraordinárias. Monte com eles um layout de CD (que é mais barato) com programação básica, cuja interface possibilite organizar os seguintes itens de página: links QUEM SOU; UM POUCO DE MINHA HISTÓRIA; PORQUE SOU CANDIDATO A (...); MINHAS PROPOSTAS/IDÉIAS/PROJETOS. Adicione-se espaço para dois videos curtos (extensão AVI) e Fotos selecionadas, sem excessos.
Esse material é o carro-chefe da campanha, o passo seguinte será montar as estratégias de utilização das mídias sociais. Quem faz assim está demonstrando um comportamento ecologicamente correto, por não sair sujando a cidade com panfletos mal elaborados e santinhos que causam repulsa no eleitorado.
Deixe pra distribuir santinhos em massa no momento oportuno.
Continua...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ABORDAGEM CENTRADA NA LIDERANÇA CARISMÁTICA


Que tipo de líder é você? Um líder carismático?
Carisma é uma palavra grega que significa dom de inspiração divina, tal como a habilidade de realizar milagres ou predizer acontecimentos futuros. O sociólogo Max Weber (1947) usou o termo para descrever uma forma de influência baseada não na autoridade da posição ou tradição, mas sim nas percepções que os seguidores do líder têm de que este seja dotado de qualidades excepcionais. Até recentemente, carisma, foi muito pouco considerado dentro da literatura a respeito de liderança nas organizações (Etzioni, 1961 et al). Este tema até então era domínio de pesquisadores que se dedicaram ao estudo da liderança política e da liderança de movimentos sociais e cultos religiosos.
Uma controvérsia fundamental é se carisma representa principalmente um resultado das características do líder, das condições situacionais ou do processo interativo de influência recíproca dentro da corrente literária sobre liderança. Atualmente, o termo carisma continua a ser definido e usado de maneiras diferentes por diversos autores, embora haja alguma convergência para uma concepção relacional e interacional.
Analisando, por exemplo a teoria de liderança carismática de House (1977) vemos que ela está baseada nos resultados de uma ampla gama de disciplinas em ciências sociais. A teoria identifica como os líderes carismáticos se comportam, como diferem de outras pessoas e as condições dentro das quais têm maior probabilidade de florescer. O grau em que um líder possa ser considerado carismático é determinado pelos seguintes indicadores: 1. Confiança dos seguidores na retidão das crenças do líder; 2. Similaridade entre as crenças dos seguidores e aquelas do líder; 3. Aceitação incondicional do líder pelos seguidores; 4. Afeição dos seguidores pelo líder; 5. Obediência espontânea ao líder pelos seguidores; 6. Envolvimento emocional dos seguidores com a missão da organização; 7. Altos níveis de desempenho por parte dos seguidores; 8. Crença dos seguidores de que são capazes de contribuir para o sucesso da missão do grupo.
Em linhas gerais, líderes carismáticos engajam-se em comportamento voltados para criar impressão, entre os seguidores, de que o líder é competente e eficaz. Este tipo de administração baseada na impressão apóia a confiança nas decisões do líder e aumenta a obediência incondicional por parte dos seguidores. Na falta de tal tipo de comportamento, problemas e dificuldades podem corroer a confiança do seguidor e minar a influência do líder.
A suma de tudo que já foi dito é que líderes carismáticos articulam objetivos ideológicos que relacionam a missão do grupo aos valores, ideais e aspirações profundamente arraigados e compartilhados pelos seguidores. A oferecer uma visão atraente de como o futuro pode ser, líderes carismáticos dão ao trabalho do grupo mais significado e inspiram entusiamo e estímulo para e entre os seguidores. Resultado: maior envolvimento emocional com a missão do grupo, maior comprometimento com os seus objetivos.
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Bergamini in Psicodinâmica da Vida Organizacional, Ed. Atlas, 1997; Etzioni in Organizações Modernas, Ed. Pioneira, 1964.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

ELE NÃO É PEDÓFILO!!!


Ele é um educador. Um orientador pedagógico, um pedagogo, querido de tudo e de todos. Tem uma ligeira limitação física que o põe na categoria dos especiais. Isto que o torna vencedor! Ele é tão bondoso. Caridoso. É quem entende bem as crianças.
Com espírito desprendido e muita boa vontade, pediu que o transferisse para uma creche municipal de um bairro bastante pobre e perigoso, uma das periferias da cidade. Naquela creche, em poucos dias, conquistou a simpatia e a amizade de todos, do funcionário da limpeza à chefe. Além de demonstrar seus "dotes" pedagógicos aprendidos nos muitos simpósios que participa, ele costuma, após as refeições, colocar as criancinhas para dormir em suas caminhas. São crianças de seis a oito anos. Filhos de mães solteiras, em sua maioria, produtos de violência e extrema pobreza.
Ele com uma sabedoria desmedida, coloca seu som portátil sobre a mesa e logo um CD com músicas de ninar começa a tocar e a embalar as criancinhas num sono angelical.
Enquanto a música toca, ele se desloca calmamente em sua cadeira de roda pelas janelas, se esforçando para fechá-las. Ele, com uma certa dificuldade, as fecha e por fim, certifica-se que a porta de acesso ao dormitório também está cuidadosamente fechada. Sem ninguém por perto, por quê continuar nesse papel de educador. Ele percorre cada caminha, olhando cada criancinha dormindo sem defesa alguma, e então deixa extravasar todo instinto sexual perverso contra suas vítimas.
Essa cena vai se repetindo, e ele vai, descaradamente e vil, ao arrepio da lei, imperceptível diante de olhares profissionais tão cegos e despreparados se apoderando covardemente de cada criancinha. Afinal, ele está no controle. E isso é tudo.
Numa dessas investidas, uma mulher responsável pelo apoio da criançada, que na infância havia sido vítima de pedofilia, reconheceu naquele modos operandi daquele educador uma similaridade impossível de se confundir. Resolver seguir de perto todo o ritual dele. perscrutou, mesmo sem conhecimento técnico, as mães das crianças, e por fim, fez com que o elemento nocivo desse vazão a seu ato sem perceber sua presença num recôndito da sala.
Ela ficou horrorizada e surpreendeu o criminoso! Numa reunião convocada às pressas, com a presença de todos os orientadores daquela creche. A acusadora e o ilustre educador, frente a frente, insistindo, asseverando ser verdadeiro o fato. Mesmo assim, era praticamente impossível alguém tão bom, fazer semelhante ato, e logo com crianças. Os dias se passaram. Ele mudou sua estratégia. A psicóloga da creche passou a acompanhar mais de perto seus procedimentos pedagógicos e por fim, ele pediu para se transferir para outra creche. Motivo: aquela era distante de sua casa.
Um ano depois, num treinamento para orientadores pedagógicos, especialistas em trabalhos com creche, quem é convidado para ir a frente receber uma medalha de reconhecimento de trabalhos prestados à comunidade? O tal educador!!!
Este fato é real, sem dúvida. Trazido a este espaço apenas para mostrar que nós, muitas vezes preferimos ignorar a verdade mesmo quando esta se impõe como uma montanha diante de nós. Ele peca contra crianças e nós, pecamos por omissão. Mas, tenho para mim, que muitos casos de pedofilia poderiam até ser evitados, se nós não nos acovardássemos tanto.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

PSYCHOPHARMACOLOGY MEDICAL: DRUG EFFETS AND SITE OF ACTION


If a drug is to be used intelligent for the prevention, treatment, or diagnosis of disease, it is nessary to have adequate information on its physiologic effects on both the healthy, and diseased organism.

Much pharmacologic literature deals with the effects of drugs on healthy laboratory animals. Since many diseases of human beings can be reproduced in animals, the abundant results of experimental pharmacology often have predictive value for human therapeutics. Such results must always be checked, however, by careful clinical investigation.

Although all tissues of the body may be exposed to virtually the same concentration of a drug, it is common experience that some tissues are affected much more than others. This selectivity of drug action is of great interest, since it offers the oportunity for influencing a disturbed function without greatly altering normal processes. It also provides important tools for learning more about normal function.

What is the basics of drug selectivity? The simples explanation would be that a drug acts selectived on a tissue in which it is highly concentrated. This happens to be the case in a few instances. For example, the mercurial diuretics are more concentrated in the renal tubule in which they exert their effect. Often, however, such a simple explanation does not suffice.

Receptor concept. Many facts concerning the selective effect of drugs are compatible whith the hypothesis of specific chemical-combining sites within body cells. These hypothetic receptors must be at a submicroscopic level since histologic apperarence of a tissue is often not sufficient to predict its drug responce. For example, the uterine smooth muscle of the guinea pig is highly susceptible to histamine and will contract when exposed to even an extremely low concentration of this drug. On the other hand, the uterus of the rat is hardly susceptiple even to relatively high concentration of histamine.