segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

TODOS SOMOS GANANCIOSOS


Em certo nível, todos somos gananciosos. Faz parte do ego. Quer admitamos ou não. Resta cada um de nós saber identificar o grau evolutivo ou involutivo da ganância que existente e conforme o caso, tratar de manter fora de alcance das pessoas em redor.

De acordo com S.K Scott in Salomão, o Homem mais rico que já existiu, a ganância tem consequências, e ela pode roubar nossa vida. Ela pode também destruir nossa segurança financeira e afetar nossos entes queridos, levando-nos, por conseguinte, a falência emocional, extinguindo nossa felicidade, roubando-nos o sentido da vida.

Gananciosos trazem desarmonia para seus próprios lares. No começo a pessoa pensa em ganhar mais, apenas um pouquinho. Depois, mais um pouquinho e quando menos se espera, todo o tempo passa a ser canalizado apenas para o que se tornou numa irresistível sede de ganhar. Não existe mais tempo para esposa e filhos, nem para as reuniões sociais com amigos e a igreja.

Muitos dos relatos clínicos de adolescentes e jovens que caíram nas drogas têm relação direta com a ausência de seus pais nos eventos mais simples de suas vidas. Tudo o que eles queriam na verdade, não era dinheiro ou bens de consumo imediato. Era apenas a companhia de seus pais. A ganância consegue tirar todos os verdadeiros bens de nossa vida. O que mais importa, a paz, a tranquilidade, o conforto de nossa família.

A ganância nos torna cegos crônicos. Não conseguimos enxergar o que mais importa. À medida que conquistamos nossos objetivos adquirimos as coisas que queríamos, em vez de sentirmos gratidão e o desejo de compartilharmos a alegria pelo o que se tem, concentramo-nos naquilo que ainda não temos. A ganância nos rouba até o sentido de satisfação para alargar a sede incontida de ter mais e mais e mais. A alma parece nunca se fartar.

Depois de muito lutar alimentando a ganância instaurada no coração, descobrimos que o tempo passou, e o muito que foi desperdiçado buscando enriquecer cada vez mais, não resultou senão em desilusões. Nos deparamos com a amargura da velhice e com ela a solidão. Descobrimos que passamos pela vida inteira sendo expectro de Homem, passamos pelo vida, sem tê-la vivido.

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