O homem precisava se ausentar por longas distâncias para garantir uma boa caça, enquanto isso, a mulher se dedicava ao plantio de leguminosas e tubérculos que compunham a base alimentar. Não era tarefa fácil para ambos, mas para a mulher parece que a árdua missão exigia mais que se imagina. Ela tinha que cuidar dos filhos, amamentar, mantê-los aquecidos nos períodos de intensos invernos e protegê-los das feras que rondavam sua habitação.
Era preciso desenvolver uma inteligência perceptual que possibilitasse a leitura dos mínimos sinais de perigo. E de sinais a mulher entende. Mais que o homem, a mulher tem uma acuidade visual, olfativa e auditiva capaz de fazer leitura de cenário, ambiente e de pessoas.
O olhar da mulher é sempre uma leitura, uma análise, logo vem a síntese, uma conclusão, que pode não acerta 100%, mais chega perto. Sentimentos (amor, raiva, agressividade, insatisfação etc.), intensões, comportamentos esboçados, quanto mais experiente nas vivências mais aguçada e assertiva ela se torna.
Em tempos de acirradas competitividades ler os sinais daquilo que não é verbalizado é, sem dúvidas, uma vantagem a mais. Sinais de perigo, sinais de que deve avançar eu manter a cautela, enfim, sinais que se desdobram em sentidos que dão origem a tantos e tantos outros sentidos exigindo esse dom interpretativo e sensível (quase sensitivo) da mulher.
Os sinais, mesmo aqueles mais sutis, que ninguém mais consegue ver, a mulher os percebe passa a utilizar cada um deles como elementos que darão corpo a intuição. Intuir é algo que qualquer um pode fazer, contudo, como já frisado, a mulher sobressai.
João Batista Nunes
Formado em psicologia e pós-graduando em GRH.
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