Passo a lhes apresentar uma visão tradicional, ortodoxa, do que se pode aprender com a prática das artes marciais. Em primeiro lugar, seja qual for a modalidade de lutas, há muito o que se aprender, começando com a disposição mental conhecida como paciência. É preciso se utilizar da paciência para incorporar os movimentos, conferindo forma a cada técnica. Com calma, construindo os esquemas mentais para o desenvolvimento perfeito das manobras sem perder de vista os detalhes peculiares, o aprendiz segue se aperfeiçoando.
Após essa fase, vem da constate execução das técnicas. A repetição dos exercícios e suas variantes leva a introjeção que permite ao praticante se aproximar cada vez mais da naturalidade própria de quem mantém a constância.
A meta: desenvolver habilidades físicas e mentais que fortaleçam o autocontrole, o equilíbrio. Um dos maiores males da atualidade é a falta de controle, o desequilíbrio que têm levado pesquisadores a estudar a temática da inteligência emocional como fator de sucesso na vida pessoal.
Logo, partindo desta visão, quem pratica algum tipo de arte marcial para promover a violência, para mostrar força diante de quem não tem condições de se defender, comente um sério equívoco em relação a si. Erra quem ensina e quem pratica. Irresponsabilidades compartilhadas.
Quem pratica artes marciais pratica a cultura da não-violência, do respeito ao próximo, da valoração da boa convivência. E mesmo em situações de ameaças que a pessoa pode evitar, essa caminho é sem dúvida escolhido. Mais forte é quem sabe que pode vencer facilmente o embate, e mesmo assim, evita-o.
Claro que se a situação não oferecer outra saída, às vezes até envolvendo pessoas em risco, com a devida cautela e análise das variáveis que favorecem a reação segura, sem danos colaterais, de acordo com as hipóteses amparadas em lei, o resultado do aprendizado da arte do guerreiro deve ser usado sem temor e com destreza.
Imagens de vídeos veiculados nas mídias sociais mostrando lutadores de digladiando, espargindo sangue, ou homens em sua maioria com potencial de combate superior agredindo e humilhando violentamente mulheres, idosos, ou pessoas integrantes de grupos sociais minoritários, pessoas em situação de rua, não são dignos das artes marciais tradicionais, devem ser expulsos do Dojô, e se tornar exemplos de vergonha e má conduta por parte de seus pares.
Quem pratica artes marciais não sente necessidade alguma de provar sua masculinidade ou quaisquer outros sentimentos egoinfrados. Ele treina para se autoconhecer e se aperfeiçoar em técnicas que condicionam o corpo e a mente para a manutenção da saúde. Esse é o caminho do guerreiro.
Imagens de vídeos veiculados nas mídias sociais mostrando lutadores de digladiando, espargindo sangue, ou homens em sua maioria com potencial de combate superior agredindo e humilhando violentamente mulheres, idosos, ou pessoas integrantes de grupos sociais minoritários, pessoas em situação de rua, não são dignos das artes marciais tradicionais, devem ser expulsos do Dojô, e se tornar exemplos de vergonha e má conduta por parte de seus pares.
Quem pratica artes marciais não sente necessidade alguma de provar sua masculinidade ou quaisquer outros sentimentos egoinfrados. Ele treina para se autoconhecer e se aperfeiçoar em técnicas que condicionam o corpo e a mente para a manutenção da saúde. Esse é o caminho do guerreiro.
Autor: João Batista Nunes
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