sexta-feira, 17 de agosto de 2018

ELEIÇÕES LIMPAS, BRASIL FORTE!


O pleito eleitoral é uma das conquistas mais significativas do regime democrático de direito, por expressar a livre decisão do eleitor em manifestar seu voto neste ou naquele candidato. Trata-se de um momento decisivo porque o resultado do voto pode mudar completamente o cenário política de uma cidade, estado, região e o próprio país. 

Em todos os recantos do Brasil se reforçou a ideia de que o período das eleições é, na verdade, a "abertura da caça aos eleitores" pelas já tão conhecidas condutas de grande parte dos candidatos em ganhar as eleições na força do dinheiro, da compra de votos, do tráfico de influências, de negociatas que se processam nos subterrâneos de campanhas políticas. Todas elas representam condutas vedadas, proibidas por lei, crimes eleitorais colocando diretamente no alvo da justiça tanto o corruptor (aquele que compra o voto) como também o corrupto (aquele que se deixa corromper).

Entretanto, se não houver alguém disposto a vender seu voto por alguma quantia ou por alguma promessa de benefício ou favores, dificilmente a corrupção prosperaria. Por essa lógica, só existem políticos corruptos por causa de eleitores corruptos, afinal, eles só podem chegar aos mandatos com o voto do eleitor. 

Portanto, nestas eleições, é preciso conhecer não apenas as propostas do candidato, mas sua vida e trajetória como cidadão e político. Como cidadão, porque qualquer que, por exemplo, é fichado na polícia por agressão à mulher, ou outro tipo de crime comum, não merece representar o povo num mandato. 

É preciso conhecer como político, se no exercício do mandato, quais proposituras apresentou realmente significativas e que representaram as necessidades da coletividade que o elegeu. Quais ideais e bandeiras foram defendidas, o que pensa sobre temas de grande importância como a família, os direitos fundamentais da pessoa, como idosos, deficientes, crianças e adolescentes, ou qual a visão sobre as questões ambientais, e tantas outras. Se tal pessoa, exerceu o mandato e não correspondeu a um trabalho sério, combativo, representativo e de resultados, não merece seu voto, não merece renovar o mandato. Geralmente, gente assim, é faltoso nas sessões e irresponsável quanto ao ser dever de dar o melhor de si pelas causas justas e necessárias.

Se o candidato não exerceu ainda nenhum mandato, merece uma atenção a mais. Precisa se partir da ideia de que ele ou ela deva conhecer o que significa o mandato que pretende concorrer, quais questões sociais pretende defender, quais as propostas que pretende apresentar se assumir o mandato. 

Por fim, algumas considerações importantes: 

1. Eleições acontecem periodicamente, ideias e ideais são discutidos. Mas, não se esqueça: a vida continua seguindo seu curso. Portanto, não se deixe influenciar por pessoas ou atitudes que são prejudiciais à imagem de outras pessoas, palavras agressivas, acusações, propagação de fatos que depreciam ou expõe com intensão de prejudicar alguém.

2. Não se deixe influenciar por figuras míticas próprias do período eleitoral. Dizer que é melhor votar num candidato folclórico porque é engraçado ou porque não é "político profissional", "desses acostumados com a corrupção", é um erro que precisa ser evitado. Acompanhe atentamente os debates, procure se informar, leia o quanto puder sobre determinado político para votar com segurança e poder cobrar dele depois.

3. Não voto nulo ou em branco. Não é a solução. Algumas pessoas demonstrando insatisfação com o processo eleitoral não sabem que o voto nulo, mesmo que atinja 50% não anula uma eleição. O voto em branco, ou "voto de protesto" não vai alterar os resultados da campanha eleitoral, apenas vai somar para o resultado positivo que se queria evitar. 

4. Não se deixe influenciar por pesquisas eleitorais. Não é atoa que elas são bem pagas. Elas são feitas para produzir um efeito psicológico nas pessoas. Apontam um distanciamento significativo entre o primeiro e o segundo candidato, em geral, vendendo a ideia de que para não perder o voto, a pessoa é tendente a votar em quem "já estar na frente e vai ganhar", quando nem sempre o resultado se mostra verdadeiro.


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