sábado, 11 de janeiro de 2014

A BANDA PODRE DO CIBERJORNALISMO

Que em todas as profissões existem excelentes profissionais, idealistas, com forte senso de justiça, humanos, éticos, assim como também há aqueles que são exatamente o contrário desses adjetivos, é fato! Isto não é novidade alguma.

O que se poderia dizer, por exemplo, de um advogado desonesto, que é constituído para representar uma pobre velhinha junto ao INSS e, ao final, surrupia todo o recurso que lhe é de direito, deixando-a completamente desprovida. Ou, um pastor tido como homem de Deus, mas em sua comunidade, descobre-se um pervertido? Ou um médico a quem se confia nossa vida, mas sua negligência e imperícia acaba por nos causar mais males que antes?

No campo midiático, imagine quão terrível e devastador pode ser a veiculação de uma imagem e um suposto fato num veículo de comunicação flash como os jornais eletrônicos e blogs que se verifica na atualidade? 

Proliferados pelo Brasil afora, esses meios são ocupados por profissionais do jornalismo sério e compromissado com a qualidade da informação, da mesma forma que um sem número de pseudos jornalistas vivem uma espécie de "poder paralelo" que, na base da intimidação, insurgem-se como detentores de "poderes especiais" que podem elevar ou destruir a vida de alguém, caso algumas exigências não sejam cumpridas pelas vítimas.

O trágico de tudo isso é que o mercado já é bastante difícil e afunilado para os bons jornalistas que precisam estudar novas estratégias de sobrevivência, sem prejudicar impiedosa e insidiosamente a quem quer que seja. Preocupação essa inexistente para aquele sujeito que é vocacionado a ser um disseminador de males. Aquele que tem como alvo principal a classe política em maior escala, e a empresarial, em menor.

Esse tipo é identificado pelo leitor atento, que conhece os pontos tendenciosos que fogem aos critérios rígidos da boa informação, da notícia que busca refletir da forma mais imparcial possível a reprodução do fato.

Textos que descrevem fatos de formas sarcásticas, jogando lama na cara de determinado gestor, de maneira contínua, requentando as mesmas notícias, são fortes indícios de quem já foi agraciado com benesses pela pessoa ou instituição que agora detona no ciberjornalismo, sem temor e sem pudor. 

Deveria existir no Brasil legislação forte que pusesse freio nesse expediente comum, enriquecedor até, mas altamente criminoso! Leis que defendessem o verdadeiro jornalista, diplomado, educado, sobretudo, veraz, justo e ético. 


Supostas divulgações de afirmações sabidamente inverídicas, fatos caluniosos, injuriosos e difamatórios deveriam ser denunciados seriamente pelas partes atingidas e os rigores da lei deveriam convergir para os respectivos autores com sanções duras.

Mas o fato é que não poucas as vezes os textos figuram sem autoria, e eivados de ironias habilmente introduzidas de maneira que expõem pessoas que estão em evidência em determinado contexto de forma irresponsável, típicos de sociopatas da baixa informação.

É claro que para lidar com expedientes dessa natureza, tem-se que buscar a criação das condições legais, no âmbito do legislativo maior, com cuidado, já que por se constituir um terreno sinuoso, esse da informação, qualquer movimento pode ser taxado de "a volta da ditadura", pouco importando as injustiças que se praticam com inúmeras pessoas e instituições. 

João Batista Nunes
Psicólogo/Acadêmico do Curso de Direito.

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