quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ENQUANTO ISSO, A GLOBO VAI PREVALECENDO NO BRASIL

E TOME BBB: "Brasil está entre os dez países com maior número de adultos analfabetos.
Taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais é de 8,6%, o que representa 12,9 milhões de brasileiros. Nisto, ocupamos o 8º na lista dos dez países com maior número de analfabetos, de acordo com o 11° Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todo."

sábado, 11 de janeiro de 2014

A BANDA PODRE DO CIBERJORNALISMO

Que em todas as profissões existem excelentes profissionais, idealistas, com forte senso de justiça, humanos, éticos, assim como também há aqueles que são exatamente o contrário desses adjetivos, é fato! Isto não é novidade alguma.

O que se poderia dizer, por exemplo, de um advogado desonesto, que é constituído para representar uma pobre velhinha junto ao INSS e, ao final, surrupia todo o recurso que lhe é de direito, deixando-a completamente desprovida. Ou, um pastor tido como homem de Deus, mas em sua comunidade, descobre-se um pervertido? Ou um médico a quem se confia nossa vida, mas sua negligência e imperícia acaba por nos causar mais males que antes?

No campo midiático, imagine quão terrível e devastador pode ser a veiculação de uma imagem e um suposto fato num veículo de comunicação flash como os jornais eletrônicos e blogs que se verifica na atualidade? 

Proliferados pelo Brasil afora, esses meios são ocupados por profissionais do jornalismo sério e compromissado com a qualidade da informação, da mesma forma que um sem número de pseudos jornalistas vivem uma espécie de "poder paralelo" que, na base da intimidação, insurgem-se como detentores de "poderes especiais" que podem elevar ou destruir a vida de alguém, caso algumas exigências não sejam cumpridas pelas vítimas.

O trágico de tudo isso é que o mercado já é bastante difícil e afunilado para os bons jornalistas que precisam estudar novas estratégias de sobrevivência, sem prejudicar impiedosa e insidiosamente a quem quer que seja. Preocupação essa inexistente para aquele sujeito que é vocacionado a ser um disseminador de males. Aquele que tem como alvo principal a classe política em maior escala, e a empresarial, em menor.

Esse tipo é identificado pelo leitor atento, que conhece os pontos tendenciosos que fogem aos critérios rígidos da boa informação, da notícia que busca refletir da forma mais imparcial possível a reprodução do fato.

Textos que descrevem fatos de formas sarcásticas, jogando lama na cara de determinado gestor, de maneira contínua, requentando as mesmas notícias, são fortes indícios de quem já foi agraciado com benesses pela pessoa ou instituição que agora detona no ciberjornalismo, sem temor e sem pudor. 

Deveria existir no Brasil legislação forte que pusesse freio nesse expediente comum, enriquecedor até, mas altamente criminoso! Leis que defendessem o verdadeiro jornalista, diplomado, educado, sobretudo, veraz, justo e ético. 


Supostas divulgações de afirmações sabidamente inverídicas, fatos caluniosos, injuriosos e difamatórios deveriam ser denunciados seriamente pelas partes atingidas e os rigores da lei deveriam convergir para os respectivos autores com sanções duras.

Mas o fato é que não poucas as vezes os textos figuram sem autoria, e eivados de ironias habilmente introduzidas de maneira que expõem pessoas que estão em evidência em determinado contexto de forma irresponsável, típicos de sociopatas da baixa informação.

É claro que para lidar com expedientes dessa natureza, tem-se que buscar a criação das condições legais, no âmbito do legislativo maior, com cuidado, já que por se constituir um terreno sinuoso, esse da informação, qualquer movimento pode ser taxado de "a volta da ditadura", pouco importando as injustiças que se praticam com inúmeras pessoas e instituições. 

João Batista Nunes
Psicólogo/Acadêmico do Curso de Direito.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PAPEZ, KLÜBER E BUCY: PROCESSOS EMOCIONAIS E MOTIVACIONAIS



A vida é um verdadeiro espetáculo. Um fenômeno único e maravilhoso se processando através de seus múltiplos processos dinâmicos inter-relacionados que nos conecta ao meio ambiente por meio de complexas redes de informações sensoriais sem as quais nada faria sentido.

Essas informações se desdobram e são traduzidas no cérebro entrando, em sua maioria, na constituição dos processos motivacionais, donde se destacam os mecanismos da emoção.

É no sistema límbico que tais processos são regulados. Ao regular o sistema nervoso autônomo e os processos motivacionais essenciais à sobrevivência da espécie e do indivíduo. Sabe-se também que alguns componentes do sistema límbico estão ligados diretamente ao mecanismo da memória e aprendizagem e participam da regulação do sistema endócrino. 

No mesmo ano em que Papez¹ publicou seu famoso trabalho relacionando as estruturas límbicas com as emoções, dois cientistas, H. Klüber e P. Bucy, publicaram um trabalho experimental que veio confirmar as ideias de Papez. Estes autores fizeram uma ablação bilateral da parte anterior dos lobos temporais em cacacos Rhesus, lesando algumas estruturas importantes do sistema límbico, como o hipocampo, o giro para-hipocampal e o corpo amgdalóide. Esta cirurgia resultou na maior modificação do comportamento de um animal até hoje obtida após um procedimento experimental. Estas alterações de comportamento são conhecidas como síndrome de Klüver e Bucy e consistem no seguinte:

1) domesticação completa dos animais que usualmente são selvagens e agressivos;
2) perversão do apetite, em virtude da qual os animais passam a alimentar-se de coisas que antes não dormiam;
3) agnosia visual manifestada pela incapacidade de reconhecer objetos ou mesmo animais que antes causavam medo, tais como cobras e escorpiões;
4) tendência oral manifestada pelo ato de levar à boca todos os objetos que encontra (inclusive os escorpiões);
5) tendência hipersexual, que leva os animais a tetarem continuamente o ato sexual (mesmo com indivíduos do próprio sexo ou de outra espécie) ou a se masturbarem continuamente.

Convém assinalar que, de acordo com Machado (1998)² quadros semelhantes a este já foram observados no homem, em consequência da ablação bilateral do lobo temporal para tratamento de formas agressivas de epilepsia.
______________

¹James Papez (1883–1958) was an American neuroanatomist. Papez received his MD from the University of Minnesota College of Medicine.
²Machado, Angelo B. M. Neuroanatomia Funcional. 2ª edição. São Paulo: Atheneu, 1998.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

CAMPINA GRANDE: MÃO BRANCA E A LISTA DA MORTE





















     O cenário: Campina Grande, década de 80, 200 mil habitantes, 23 policiais civis e mais de 300 bandidos praticando todo tipo de crimes na cidade, deixando a população em estado de constante medo. Na Central de Polícia, que ainda em dias atuais funciona no mesmo lugar, uma equipe de repórteres se reversavam cobrindo os acontecimentos últimos que tinham como protagonista um grupo de extermínio que passou a ser denominado de “Mão Branca”.

Bandidos ou mocinhos? São muitas as respostas que povoam o imaginário de quem viveu aqueles anos e acompanhou de perto o desenrolar de toda a história, a exemplo do homem que se especializou no assunto, que viveu os bastidores de uma sinuosa trama corporificada numa lista, a “Lista do Esquadrão da Morte”. Trata-se do nobre jornalista e escrito Ronaldo Leite (autor do livro sobre Mão Branca e expositor dos fatos próprios dessa época).

Suas palestras, normalmente carregadas de fortes emoções próprias de quem não apenas viveu aquele tumultuado período da história policial de Campina Grande, mas conviveu de perto com todos os implicados na grande questão da segurança pública no Compartimento da Borborema. “O bandido bom é o bandido morto”, assevera. “Bandido não tem respeito pelo cidadão. Desconhece quaisquer sentimentos em relação à pessoa que se torna sua vítima. Seu coração é na boca do revolver!”

             O porquê da denominação “Mão Branca” reside no fato de serem cinco os exterminadores, talvez a cor branca em referencia a “mão” diga respeito ao “senso” de justiça, fundo motivacional que levou Cícero Tomé, que é representado no mundo animal como o “Tigre de Bengala” em alusão a uma das feras mais temidas do mundo, era assim o “Terror dos Bandidos”; Zezé Basílio, o “Urso Negro”, considerado o animal sanguíneo, um dos mais cruéis e violentos desse inconfundível tempo; Temporal, o “Leopardo”, dessossador de vítimas. Cacau, o “Onça Pintada” caçador noturno; e o Chico Alves, o “Onça Pintada”, um caçador voraz e rápido. 

        De acordo com o jornalista Ronaldo Leite, à época, testemunha ocular dos bastidores, do dia a dia da Central de Polícia de Campina Grande, uma "lista" havia sido datilografada na madrugada de um sábado para domingo, por um dos integrantes do que viria a ser o grupo Mão Branca. 

              Essa "Lista" contendo os nomes e apelidos de pessoas "marcadas para morrer" foi entregue a um caminhoneiro que, chegando no Rio de Janeiro a remeteu pelos Correios à imprensa campinense. 

           A partir dessa lista, sucessivos crimes de extermínio foram sendo executados pelo grupo. E Campina Grande passou a ser conhecida internacionalmente pelos noticiários que atravessaram os continentes dando conta de tamanha violência com que eram mortos bandidos de toda espécie na cidade.

O método. Integrantes do grupo, trabalhando nos plantões da Central de Polícia procediam a soltura de presos marcados para morrer, geralmente nos domingos pela manhã. À noite, executores saiam para fazer diligências exatamente nos locais de convivência das vítimas. O veículo utilizado era uma Brasília amarela ou uma Kombi.



O local para onde eram levadas as vítimas variava, mas o terreno ermo nas proximidades do Estádio Amigão era predileto pela escuridão intensa e distância de residências. Havia quem dissesse que Campina podia dormir de portas abertas graça a essas ações de "desifecção social". 

Primeira vítima: Ele não era o primeiro da lista, mas "deu azar"de ser encontrando numa das diligências. Tratava-se de um ladrão, morador da Rua Conde de Monte Cristo, no Bairro do Jeremias. "Negão! Entra no carro!" Bradou um dos integrantes do grupo Mão Branca ao parar a Brasilia em frente a Sab da Palmeira, numa noite de festa. Chegando ao Estádio Amigão para o desfecho disseram: "Nós não temos nada pessoal contra você, mas você deu azar e agora não podemos voltar atrás, vai morrer".