quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

DICAS DE SEGURANÇA PARA UM FINAL DE ANO FELIZ




Os especialistas em segurança pessoal e patrimonial são unânimes ao afirmarem que a grande maioria dos crimes que vai do roubo ao sequestro poderiam ser evitados se, simplesmente, a vítima tivesse um pouquinho de atenção. É claro que essa "atenção" se faz acompanhar de algumas orientações básicas que poderão colocar a pessoa alvo um passo sempre à frente das investidas de criminosos.

Primeiro passo: quem é o ladrão? Pode ser qualquer pessoa e estar em qualquer lugar do mais simples ao sofisticado. Só isso poderia complicar a situação. No entanto, ao bom observador, nota-se que aquele pessoa demonstrará algumas atitudes que por si o denunciarão. Olhar inquieto (criminosos se preocupam com olhares em relação a ele); mesmo que ele já tenha um plano, estará preocupado formulando uma rota de fuga ou com alguma eventualidade. Ele olha para avaliar tanto a pessoa, quanto a situação e o objeto que pretende roubar, seja dinheiro ou mercadoria. O assalto não foi anunciado, nem o ladrão se moveu do lugar da observação, estado entre pessoas, um simples olhar direto, sem demonstrar estranheza poderá frustrar a ação. Ele vai perceber que alguém já o viu, certamente seu rosto foi "filmado". Nunca se deve cometer o erro grotesco de olhar com desconfiança para alguém supondo que ele é um criminoso. Pessoas nervosas, que já sofreram num maior grau uma ação criminosa pode agir assim.

Segundo passo: não usar ostentação em lugares abertos e muito movimentados. Há pessoas que costumam ostentar relógios de ouro, objetos chamativos, etc. , tudo isso deve ser evitado. Às vezes, o criminoso, sem premeditação, acha o cenário perfeito a partir daquilo que a vítima oportunizou.

Terceiro passo: nas agências bancárias, casas lotéricas, onde sempre há filas, é bastante comum o criminoso se fazer passar por um cliente. Normalmente, nesses casos, é uma pessoa razoavelmente bem vestida e com facilidade de expressão. Ele pode se aproximar para criar uma cena e distrair a vítima, enquanto lhe rouba. O ideal é aceitar orientação apenas de funcionários devidamente identificados pelo crachá ou outro indicativo. A dica é analisar o ambiente com o máximo de naturalidade e então, caso ache algo estranho, evite-o. Sacar dinheiro e ficar conferindo as cédulas detidamente é um erro! Se o saque ou depósito é relativamente alto, deve a pessoa ir acompanhada por alguém que mantenha, dentro do banco, uma certa distância, para analisar a situação como um todo. Crimes comuns nesses ambientes são do tipo em que o criminoso se aproxima fingindo-se surpreso com um cartão jogado ao chão ou um cheque ou até mesmo dinheiro ou qualquer outra coisa apenas para distrair a vítima: evite-o. "Não esse objeto não me pertence", finja fazer uma ligação ao celular, ele se afastará de você. A partir desse ponto, com bastante naturalidade, redobre sua atenção.

Quarto passo: o automóvel é a forma mais fácil de abordagem para o criminoso, porque a vítima ao volante, pode ser facilmente dominada. Cuidado ao chegar em casa ou no apartamento. Analise rapidamente, na rua, qualquer coisa que está fora do comum. Se, por ventura, notar algo estranho, que foge ao normal, não páre, passe direto e se detenha noutro lugar até se certificar que tudo está seguro. No estacionamento do shopping, antes de se dirigir ao carro, analise a situação em redor. Em semáforos, principalmente à noite, efetue a frenagem do carro devagar muito antes de chegar nos limites da faixa. É o tempo que você estuda rapidamente a situação, tanto do carro que está ao lado, quanto do perímetro. Geralmente alguém falando ao celular, próximo a seu carro, pode representar um risco direto.

Quinto passo: e se o crime foi anunciado e está em andamento. Regra fundamental não reaja. Procure seguir calmamente os comandos do criminoso sem olhar diretamente para seu rosto. Geralmente o criminoso armado é um despreparado no uso da arma, tem gatilho nervoso, está num nível de alta tensão emocional e qualquer reação pode ser interpretada como uma ameaça. E em geral, termina em risco imediato de morte. Ainda que a pessoa se julgue preparada e pronta para agir, se de fato for e a situação o favorecer, não se deve baixar a guarda após desarmá-lo. Um fato que aconteceu pode servir de exemplo: Larusso, um faixa-preta de artes marciais desarmou com uma rapidez surpreendente o bandido que, armado, anunciou o assalto.

Como ele dedicou atenção exclusiva ao bandido estendido no solo, não percebeu que o outro que acompanhava o movimento de longe, se aproximava e deferia um golpe de faca que quase o matou. Numa situação como essa, o abandido fora de combate, deve se manter a base "gigotai" defensiva, para contra-atacar não importando de onde surja o comparsa.

O bom senso, todavia, deve prevalecer. Nunca se pode pôr em risco outras pessoas próximas. Se não há a mínima chance, sossegue. É melhor perder bens que a própria vida.

Em caso de disparos de arma de fogo, não pense duas vezes. Jogue-se imediatamente ao solo. Procure um lugar seguro para se abrigar. Correr juntamente com a multidão pode expor a pessoa aos tiros.

No demais, atenção aos detalhes, as situações, às abordagens por mais ingênuas que pareçam ser, às ajudas espontâneas em pontos de compra e vendas, estabelecimentos financeiros, aeroportos e demais locais de ajuntamento, nunca são de mais. Porém, tudo com naturalidade como nos filmes dos espiões americanos.


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