segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O QUE PODEMOS APRENDER COM O FÜHRER

Devo confessar - para início de conversa - que minhas férias na junventude, recém saída da adolescência, foram um pouco atípica em relação à imensa maioria.

Costumava me reunir com meus primos em casa de minha tia em João Pessoa e nossa distração predileta, quando não estávamos disputando a hegemonia de territórios no jogo de estratégia WAR II, era entrar num mundo imaginário do Führer. Cada um de nós assumíamos um posto no alto escalão. Eramos até rebaixados na hierarquia quando julgados por algum ato de insubordinação. Insígnias, "SS", Gestapo, eram termos que faziam parte de nosso vocabulário. Lembro-me bem, que meu primo mais velho, que assumia o posto de general, era fissurado nas edições (já esgotadas) da Segunda Guerra Mundial.

O tempo passou, vieram os casamentos, cada um assumiu responsabilidades reais e o nosso Banker foi dado por encerrado. E, hoje, estudando a história de líderes como Mussolini, Stalin e Hitler percebo que existem pontos indispensáveis à compreensão daquilo que pode representar para qualquer um de nós o limiar entre o sucesso e o fracasso.

Mas, não podemos deixar de resolver um aparente problema: Como abstrair algo indispensável para a liderança atual vindo de mentalidades a exemplo de Mussolini, um desequilibrado emocional que se tornou ditador na Itália não por uma ideologia definida, mas por um capricho do zeithgest da época. Se a Itália estava numa situação de depressão econômica e social, tornou-se pior com sua participação na guerra, graças a Mussolini.

Ou o que extrair de interessante para nosso aprendizado com as façanhas de Stalin. Homem que utilizou a própria nação soviética como bucha de canhão no combate contra as forças nazistas em seu território, isto é, na falta de soldados, crianças e mulheres fragilizadas pela fome e o intenso frio eram armandas e empurradas para as frentes de batalhas. E o que dizer de Hitler? Um lunático, guardião das idéias mais absurdas do mundo!

No entanto, quem busca conhecer a história e inside em erros que já se repetiram iguala-se a um neandhertal. Por isso é que estamos nessa discussão.

Andrew Roberts (by The Storm War, 2009) afirma que o Führer poderia até ter vencido a guerra se não houvesse incorrido em erros tão primários, mas por isso mesmo auto-destrutivos.

Senão vejamos:

- O excesso de ideologia ariana fê-lo dar mais atenção ao extermínio sistemático dos judeus e homossexuais, com isso destinando recursos para esse fim em detrimento das estratégias militares, que necessitava de aporte financeiro em sua logística;

-Hitler, cujo quadro pintado por historiadores retrógrados da combalida europa, figurava entre os estrategistas máximos do século XX, foi burro ao ponto de fomentar a fuga de cérebros de seu território. Isso é comum em líderes imbecis. Einstein e Zilard, físicos brilhantes! Expatriados! Imaginem só;

-Tardio em escutar. O Führer, principalmente após a fase conclusiva de invasão da URSS, não parava de renovar o alto comando, generais de sua estrita confiança não tinham a atenção do Lider Supremo. Ele se achava nesse momento da história tão auto-suficiente que não pôde perceber sua iminente derrota.

Os historiadores da linha europeia sempre se esforçaram para apresentar a Gran-Bretanha, a França e, posteriormente, de forma decisiva, os EUA, como potencias que deram um fim aos planos de Hitler. Quando, na verdade, o exército alemão havia sido destroçado pela máquina Russa. Os soviéticos sim, esses foram os responsáveis pelo fim da Guerra.

De uma coisa tenhamos a certeza: não podemos deixar de aprender que o poder se estabelece com o conselho. Não podemos nos afastar da consciência de nossa limitada condição humana que nos faz sempre depender dos que nos cercam. Mesmo que estejamos no mais elevado grau hierárquico, não importa, precisamos ouvir, aprender, auscutar, apreender. Talvez assim, possamos permanecer um pouco mais na chancelaria do Banker. Hi Hitler!!!

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