terça-feira, 6 de novembro de 2012

VIOLÊNCIA: UM ESTADO INTIMIDADO



Insegurança. Esse é o sentimento que vem se cristalizando na mente dos brasileiros. Crimes hediondos se tornando cada vez mais frequentes não apenas nos grandes centros metropolitanos mas em todos os lugares desse imenso Brasil.

As correntes teóricas parecem convergir para um denominador comum: as drogas. Se levarmos em consideração o avanço geográfico do crack, por exemplo, e de seus efeitos devastadores sobre famílias, especialmente sobre a juventude, o alcance é mais rápido do que as medidas estratégicas governamentais tanto no campo da saúde preventiva e terapêutica, quanto no campo da segurança pública ostensiva e repressiva. 

Enfim, estamos diante da cultura da violência instaurada pelas facções criminosas operantes nos estratos da sociedade e o Estado tem dado demonstrações de impotência quando confrontado com os números do crime. Será que a saída está no enfrentamento duro, do fogo contra fogo? 

Talvez não seja por esse caminho, já que o inimigo oculto é covarde e se utiliza do meio social para se infiltrar, manter bases operacionais e comandar esquemas inteligentes que neutralizam as forças policiais, vitimizando-as, caçando sem piedade os agentes da lei. 

Quem sabe o caminho não esteja no estabelecimento de uma mega força tarefa composta de contingentes da União, estados e municípios, onde o Exército, Marinha e Aeronáutica concentrariam suas operações de vigilância nas Fronteiras, por onde armas, munições e a cocaína e derivados abastecem o país. Sem o abastecimento dessa droga, as milícias das principais regiões como Rio e a grande São Paulo perderiam gradualmente força.

As policias federal e civil montariam um Centro Avançado de Tráfego de Informações cruzando o monitoramento das investigações e investigados com a Interpol, preparando os terrenos para a ação estratégica da Polícia Militar nas áreas consideradas críticas.

As informações de todo um trabalho inteligente de monitoramento levariam aos nomes dos chefões do crime já presos que comandam, dos presídios, as ações das milícias e uma seleção criteriosa destacaria quem deveria ir para o presidio de segurança máxima federal. 

Quando esse conjunto de iniciativas começasse a mostrar resultados concretos, então, investir maciçamente na educação de base, investir na saúde e habitação e na formação integral do cidadão seria o passo seguinte para o resgate da sociedade e do sentimento de segurança.




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