quinta-feira, 28 de abril de 2011

KAIZEN - MUDANÇA PARA MELHOR


こんにちは。お元気ですか? Com a cultura japonesa aprendi o quanto podemos evoluir, extrair lições de vida através da tradição, da observação de legados antigos que criam vínculos e códigos de conduta duradouros, no caso do Japão, séculos e séculos.

Kaizen é uma palavra japonesa que significa mudança para melhor ou aprimoramento contínuo e que permeia toda a administração, da casa à instituições, a vida e o jeito de ser do Japão tradicional é organizado e organizador. Kaizen pode então, até servir de sinônimo de Administração Japonesa.

E a chamada Administração Japonesa de hoje, na realidade, é toda uma tradição de educação de berço do japonês, complementada por conhecimentos do management norte-americano a partir dos Anos 50. Em outras palavras, valores humanos japoneses complementados por conhecimentos técnicos em Administração norte-americanos, e aplicados em empresas japonesas.

Do kaizen vem o 'wa' - harmonização, que por sua vez se traduz nos cinco senso:

SEITON significa providenciar a ARRUMAÇÃO e deixar tudo em ORDEM – todos os materiais (sejam quais forem) necessitam ser mantidos em ordem, para que possam ser encontrados de imediato e estejam prontos para uso sempre que necessários. Deixar as coisas no lugar certo, para não se perder tempo e gastar energia desnecessária, procurando-as.

SEIRI significa evitar o DESNECESSÁRIO – separar o desnecessário do necessário, e guardá-lo num lugar que lhe é próprio, para que não atrapalhe a rotina de trabalho ou qualquer outra atividade. Disponibilizar as coisas realmente necessárias ao trabalho e aquelas desnecessárias guardá-las ou “passá-las para frente”. Guardá-las, porque futuramente poderão ser necessárias; “passá-las para frente” (doar) porque aquilo que é desnecessário para um, pode ser útil para outro.

SEISO significa manter sempre LIMPO – o local de trabalho ou qualquer outro lugar, com tudo em ordem e somente com o necessário, para que a sujeira não atrapalhe a produtividade nem provoque má qualidade na produção.

SEIKETSU significa manter a HIGIENE – tornando o ambiente saudável e agradável para todos.

SHITSUKE significa DISCIPLINA – não só aprender e seguir os princípios anteriores como hábitos salutares e invioláveis, como também se educar com caráter reto, firme e honrado, para vencer na vida.

“A palavra “disciplina” basicamente significa capacidade de aprender, daí a palavra “discípulo”12. Daí, temos de cada vez mais nos disciplinar em SEITON, SEIRI, SEISO e SEIKETSU, como também formar um caráter reto, firme e honrado continuamente. Mediante um código de princípios morais denominado Bushido (pronuncia-se Bushi-dô) o samurai autodisciplinava-se e auto-aprimorava-se continuamente. Registre-se aqui de passagem, que o Bushido jamais foi escrito, apenas “consiste de umas poucas máximas transmitidas de boca em boca”, de forma pessoal, muito simples e bem caseira, própria da cultura japonesa. ありがとう。

quarta-feira, 20 de abril de 2011

AMOR


Essa disposição emocional duradoura com relação a outra pessoa, ao mesmo tempo, esse sentimento imediato de forte emoção na presença dessa pessoa.

Os sentimentos de amor podem apresentar muitas formas, o que depende da natureza específica da relação percebida entre o eu e o objeto. Os sentimentos de ternura e proteção - centrais no amor maternal - decorrem, evidentemente, da percepção da criança como mais fraca e necessitada de cuidados. A excitação e a alegria encontrada no "amor romântico" decorrem do desejo e da previsão de estar junto, da imaginação idealizada das satisfações comuns.

O forte elemento de excitação sexual, existente em algumas emoções de amor, deriva, certamente, da percepção que a pessoa tem da outra adequada aos seus desejos sexuais. O amor da criança pela sua mãe pode incluir elementos básicos de necessidade de proteção e ajuda. E na emoção de amor podem existir até nítidos elementos de submissão e mêdo, tal como ocorre no amor da criança pelo pai forte.

As emoções de amor podem variar nestas e em muitas outras formas; a intensidade da experiência pode variar desde a suave até a profunda. O grau de tensão pode variar da mais serena afeição até a mais violenta e agitada paixão. O que é, então, comum a todas esses formas? O que nos permite denominá-las amor? O núcleo de sentimento de ser atraído para o outro, e desejar ser atraído. De maneira clara, também, o eu é apreendido como intimamente identificado como o outro. Além disso, existe um sentimento essencial de devoção do eu ao outro. O amor, visto do ponto de vista da pessoa, é sempre e necessariamente "altruísta". Se não fosse assim, não teria a característica de amor. Se, ao ser julgado por um observador imparcial, o amor é realmente altruísta, é outro problema. Todos nós conhecemos casos que denominaríamos egoístas: tal é o caso do "amor" de uma mãe, exigente e dominante, por sua filha.

Além disso, a intensidade do sentimento depende de outros fatores, entre os quais a acessibilidade ou não do objeto amado. ("A ausência intensifica o amor", com a condição de não ser tão demorada a ponto de fazer com que "longe dos olhos, longe do coração"!) A criatura amada e inatingida é mais intensamente amada; a frustração dos desejos de estar em contato com a pessoa amada aumentam a tensão e intensificam o sentimento.

Amor Romântico. O "amor romântico" tem uma grande parte dessa frustração de contato completo, e não é surpreendente encontrá-lo, sobretudo, nos que estão separados. Mas quando se atinge o objetivo, cedo ou tarde termina a lua-de-mel, e existe menos probabilidade de persistência de "amor romântico". Não se trata de desilusão, embora esta também possa ocorrer; trata-se, antes, de uma transformação na situação psicológica, que não mais apresenta o ambiente para o "amor romântico" perdurar.

Desaparecem as barreiras que separavam os amantes. O objeto de satisfação foi atingido. As satisfações comuns já não podem ser idealizadas pela imaginação. Logo, a mudanças nesses elementos da situação provoca mudanças na experiência emocional. A moça que imaginava o casamento como um interminável romance idílico, com uma intensidade emocional crônica e no mesmo nível do período de namoro, supôs, sem o saber, uma situação psicológica imutável no tempo. Então, descobre que o tipo de amor despertado pelo cônjuge não chega a ser tão cronicamente intenso, e que a natureza do "amor do casamento" é muito diversa daquilo que se esperava no campo imaginário.

Amor de si mesmo. É notável que o amor, tal como ocorre com muitos outros sentimentos emocionais, pode ser despertado pelo próprio eu, e dirigido pela este. A deusa Nêmesis fez com que Narciso se apaixonasse pela sua própria imagem na água, e o nome narcisismo é dado aos sentimentos de amor por si mesmo. Provavelmente, todos têm, até certo ponto, esse sentimento. No entanto, existem casos de pessoas para as quais o narcisismo é o amor mais intenso de que têm experiência. Às vezes, esse narcisismo tem um elemento claramente sexual; é a que se observa nos casos de comportamento autoerótico, nos quais as fantasias vividas pela pessoa não são de relações com outros, mas se centralizam apenas em seu próprio corpo.


UM OLHAR SOBRE OS BIOMAS BRASILEIROS


Fala-se muito em "biomas", palavra estranha até pouco tempo. No mundo de hoje, porém, buscar os caminhos do desenvolvimento pressupõe que conheçamos o bioma onde vivemos.

Na palavra dos especialistas, "bioma é um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria" (in Mapa de Biomas e Vegetação do IBGE, 2010). Em outras palavras, o bioma é formado por todos os seres vivos de determinada região, onde a vegetação é similar e contínua, e o clima é mais ou menos uniforme, e cuja formação tem uma história comum. Por isso, a diversidade biológica também é parecida.

Não existe bioma sem gente. O ser humano faz parte dos biomas. Para nos adaptarmos bem ao bioma em que vivemos, para não destruí-lo - se já não foi destruído - , precisamos estudá-lo e compreendê-lo. É o que se chama educação contextualizada. Assim, um amazônida deveria aprender na escola as características do bioma Amazônia; o mesmo se aplica a um caatingueiro ou um habitante do Cerrado.

Oficialmente, seis biomas compõem o território brasileiro (há quem fale em sete, com a inclusão de certos ambientes litorâneos; há quem fale em oito, com a inclusão do território reivindicado pelo Brasil na Antártida). São eles: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal.

A Amazônia é o mais importante dos biomas brasileiros. "Pulmão do Mundo", "Planeta Água", "Inferno Verde" são alguns chavões a respeito da Amazônia. É uma das últimas regiões do planeta que ainda seduzem pela exuberância de uma natureza primitiva, hoje ameaçada pela devastação. A Amazônia guarda a maior diversidade biológica do planeta - é uma região de megadiversidade - e recicla 20% de toda a água doce da Terra.

O início desse processo se deu há 12 milhões de anos, quando os Andes se elevaram e fecharam a saída das águas para o Pacífico. Formou-se um fantástico pantanal, quase um mar de água doce. Depois, com tantos sedimentos, a crosta terrestre tornou-se a emergir e, aos poucos, formou-se o que é hoje a Amazônia. A região tem 4.196.943Km2, cerca de cinco unidades da federação (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), grande parte de Rondônia (98,8%), mais da metade de Mato Grosso (54%), além de parte de Maranhão (34%) e Tocantins (9%). A área desmatada da Amazônia já atinge 16,3% do total.

Atualmente, cerca de 17 milhões de brasileiros vivem no bioma Amazônia, cerca de 70% deles no meio urbano.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

AGRESSIVIDADE E VIOLÊNCIA: ANÁLISE PSICOLÓGICA

Os principais jornais do país reportaram a notícia do crime ocorrido, na noite de ontem (17) em Campina Grande, principal cidade do interior da Paraíba envolvendo quatro homens, entre eles um menor, e a vítima, um travesti, perseguido e morto a socos e pontapés, seguido de trinta golpes de faca.

O crime foi registrado com nitidez pelas câmeras da STTP-Superitência de Transportes e Trânsito, instaladas no cruzamento das ruas João Pessoa com a Índios Cariris, lugar tradicional de ponto de prostituição, primeiramente ocupado por prostitutas e por último, por travestis.

As imagens mostraram um carro preto se aproximando da vítima, quando três homens saem e, em questão de minutos, perseguem, espancam e matam o rapaz que fazia ponto naquele local. Um dos homens precisou puxar o braço do agressor que desferia os golpes de facas, ele parecia estar eletrizado pela fúria. O trânsito no local, por ser um dia de domingo, é reduzido, porém, carros e alguns transeuntes passaram apelas assistindo o crime acontecer.

Sem dúvida, um crime estarrecedor, a vítima ficou reduzida completamente em sua capacidade de defesa.

Minha análise, não destaca o fato de que a vítima era profissional do sexo, mas sim o fato de ser uma pessoa, um ser humano que, como qualquer um de nós, tem os mesmos direitos constitucionais, dentre eles, e o mais importante, o direito a vida. A idéia subjacente é que ninguém tem o direito de tirar a vida de outrem, senão, em legítima defesa, quando esgotadas todas as possibilidades de preservá-la.

Neste ponto, quero aqui, destacar dois temas importantes na discussão: a agressividade e a violência, numa perspectiva da psicologia. Assuntos que deveriam ser debatidos a partir do núcleo familiar, perpassando pela escola e a igreja, instituições que ainda exercem influência na sociedade.

A agressividade é uma energia internalizada, é a base dos instintos de sobrevivência humana e dos animais. Frente a um desafio de qualquer natureza, nosso cérebro dispara o gatilho da agressividade, significando dizer que, quanto maior o barreira que temos a vencer, tanto mais intensa será nossa agressividade. O binômio agressividade e conquista se alternam ao longo de nossa vida.

Com a organização da sociedade em torno da família extensiva, aquela formada pela figura do patriarca e dos inúmeros membros sob o mesmo domínio, estabeleceram as normas sociais de conduta. Com a gênese da família nuclear, formada pela figura central do pai, seguida da mãe, comando a criação dos filhos, essas leis que gerem a comportamento se cristalizaram e transpuseram os limites da família, indo atingir as demais instituições.

Hoje, ao contrário de nossos antepassados longínquos, nós utilizamos a agressividade, por ser ela uma energia motivacional. Para se ter uma idéia, um artista pode ser bastante agressivo ao retratar uma arte numa tela, um músico pode ser bastante agressivo ao executar uma melodia em seu instrumento, um designer pode ser bastante agressivo ao desenvolver um projeto arrojado e inovador, um estudante pode ser bastante agressivo em vencer as etapas de provas de seu colégio. Veja que a conotação não tem ligação com a visão comum sobre o tema.

Porém, quando essa energia, além de não ser canalizada, muito cedo, no período da fixação de regras de conduta, de valores morais e religiosos, é alimentada em ordem crescente, por valores humanos distorcidos, desagregadores, o indivíduo passa a usar o total dessa energia para o mal, então, a agressividade converte-se em violência, que por sua vez, é traduzida de forma multifacetada: violência verbal, xingamento, palavrões, atitudes rebeldes egocêntricas, apropriação indevida do espaço do outro; violência física, geralmente começando com ataques de ira, de menor impacto, empurrões, socos, pontapés, tapas, atingindo um limiar mais agravante, golpes com instrumentos cortantes e disparos de armas de fogo.

Está mais do que na hora, da escola - especialmente em sua base que é o ensino básico e fundamental - desenvolver uma pedagogia umbilicalmente ligada às famílias. O projeto pedagógico ter uma aplicabilidade integrada, assistida, acompanhada, limitadora eficaz da evasão escolar. Psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e demais educadores, alargarem sua visão e assumirem a postura de agentes ativos da construção de mentes que estão aí, diamantes brutos, esperando ser lapidados, para vir a se tornar membros atuantes da sociedade.

Noticias de crimes recorrentes como essas, praticadas por pessoas que matam brutalmente sem motivo algum, como animais irracionais, são fortes indícios que a família e a escola falharam onde mais se requeria uma presença forte e decisiva: em sua base educacional.