terça-feira, 31 de março de 2020

O PERIGO DO VÍRUS VIRTUAL


O vírus, sendo uma estrutura microscópica de base proteica age com vistas a invadir células dos organismos para se nutrir, fortalecer e com a energia recém-adquirida, executar seu intento, seja modificando alguma informação genética seja causando um dano ao organismo que pode ser letal.

O conceito de vírus e a forma como ele age serviu para designar o mesmo estratagema utilizado pelo universo dos malwares, estruturas digitais que são criadas para invadir redes, sistemas, banco de dados e demais tipos de mídias interconectadas.

Esses mecanismos virtuais são idealizados e criados sempre de modo a atingir algum objetivo maléfico que vai desde a roubar senhas de mídias sociais (whatsapp, facebook, instagran, twitter e outros) ao apoderamento criminoso de informações corporativas e contas bancárias particulares.

A ação desses programadores que habitam os subterrâneos da rede (deep web, internet obscura, o lado negro da força) têm grande penetração nas massas de internautas vacilantes em muitos aspectos perigosos da navegação.

Em tempos de ações governamentais movimentadoras de grandes recursos destinados principalmente à assistência social, esses oportunistas através dos vírus criam esqueletos de portais que imitam perfeitamente os sítios oficiais e captam dados de pessoas que preenchem os cadastros fornecendo informações captadas pelos falsários que se passam, depois, por essas mesmas pessoas e realizam saques indevidos, se passando pelos titulares das contas.

Esse é apenas um dos incontáveis exemplos do que pode acontecer com situações de pressa, de apreensão, de inquietações que levam quase sempre a precipitação. Em mídias como whatsapp, o cuidado deve seguir os mesmos critérios de cautela: não abrir links com chamadas sensacionalistas por meio de imagens e sons, geralmente em forma de notícias e outras expressões que chamam a atenção das pessoas. Segredo: resista a curiosidade, não click.

Ameaças e riscos de segurança cibernética estão sempre presentes em nosso mundo atual. A infraestrutura de redes e a Internet estão cada vez mais vulneráveis a uma ampla variedade de ataques físicos e cibernéticos. Criminosos virtuais sofisticados, bem como países, exploram essas vulnerabilidades para roubar informações e dinheiro.

João Batista Nunes

domingo, 29 de março de 2020

UMA HISTÓRIA QUE SEMPRE SE REPETE


A história da humanidade passa por uma repaginação toda vez que moléstias se propagam e causam uma drástica experiência na vida e nos modos de viver no planeta. Na Idade Média foi assim em se tratando de um ataque de micro organismos. No século XX, o Vírus Ebola no Continente Africano nos reaviva o drama humano. E, agora, em pleno século XXI mais um lembrete de nossa vulnerabilidade, um vírus que de tão pequeno não podemos ver, causador de tamanha devastação.

Em nosso tempo as promessas da ciência em seus variados campos pareciam nos levar a criar uma consciência completamente desvencilhada do conceito de Deus. Mas, no caos que se anuncia com centenas e milhares de mortes em vários países, o senso religioso é reavivado. 

Parece óbvio que com os melhoramentos técnicos e aprimoramentos nos métodos de cultivo e manutenção da qualidade da produção agropecuária voltados para a sustentabilidade a vida, enfim, poderia seguir seu curso garantindo alimento e qualidade de vida para a maioria das pessoas.

Mas, tudo isso talvez seja eclipsado pela ganância, avareza, orgulho e inveja que acompanha o ser humano desde os primórdios mais longínquos de sua existência. Parece até que os seres humanos são, na verdade, os verdadeiros vírus infectos da terra, pois aonde pôs as mãos não somente modificou a natureza das coisas, mas alterou o DNA da normalidade, do belo, do natural.

Milhões e milhões de vidas ceifadas de 1939 à 1945, em sua grande maioria civis, era a Segunda Guerra Mundial. Calcula-se um total de 85 milhões de mortos na Segunda Guerra Mundial, onde mais de 50 milhões foram civis. 

Com o fim da Guerra, as Nações Unidas dava início aos planos para mitigar a fome e demais consequências desse período. O Estado de Bem-estar social era um deles. Mas o resultado obedecia ao final apenas uma lógica: 80% de tudo que a humanidade produzia era consumido apenas por 2% da população do Planeta. E pouco mais de 13% da produção mundial era consumida pela imensa maioria, numa clara mensagem de uma concentração exorbitante de riquezas e meios de produção nas mãos de uns poucos e pouquíssima distribuição para muitos.

É evidente que esse sistema chegou a exaustão, e os apelos por quebra de paradigmas forçaram gradualmente, mas não representativo ainda, o compartilhamento de bens e serviços. Tudo ainda se mostra nítido de quão perverso e mesquinho é o sistema que regula e tenta harmonizar o modus de vida do ser humano no Planeta.

O ser humano, entretanto, não é um ser abjeto. Ele tem virtudes, embora estejam em um avançado processo de extinção. Vez por outra somos surpreendidos por atos de coragem, amor, empatia, fé, que implicam em mudanças de paradigmas e por isso talvez ainda possamos vir por mais um pouco na Terra.

João B Nunes

quinta-feira, 19 de março de 2020

EM TEMPOS DE CONFINAMENTO É PRECISO CUIDAR DO EMOCIONAL



O ser humano por definição é um ser social, que nasce, cresce, desenvolve-se e morrer no meio social, pertencendo a uma sociedade, tribo, clã e família. 

Esse momento de apreensão vivenciado  em todo o mundo em face de uma pandemia que pode se alastrar e ceifar a vida de milhares de pessoas, as autoridades recomendam, outras até decretam sob pena de multa e prisão, o recolhimento das pessoas em seus domicílios, e nesse ponto, tem-se várias situações que devem ser consideradas em relação às pessoas em si.

É preciso ter cuidado com o emocional da pessoa nessa fase de isolamento. 

De acordo com o psicanalista Marcos Wagner e a psicóloga Karoline Paiva, durante períodos de isolamento, o mal estar psicológico pode se instalar, fragilizando nossa capacidade de adaptação e reação ao estresse do confinamento, produzindo respostas fisiológicas e emocionais que podem impactar nosso sistema imunológico e a condição de equilíbrio mental para enfrentamento de situações adversas.

Procure assistir noticiários apenas uma vez ao dia. Geralmente a edição da manhã é capaz consolidar tudo o que precisamos saber para ficarmos atualizados.

Evite pensamentos vitimista. Não caia na armadilha da hiperinformação e no excesso angustiante de informações falsas ou exageradas. Essas ações podem te levar a um estado mental de constante alerta, prejudicando o relaxamento e capacidade de discernimento.

Evite a solidão como sinônimo de abandono. A solitude é um estado desejável de privacidade que permite a reflexão e a subjetivação pessoal, mas a solidão pode produzir tristeza em excesso e potencializar traços depressivos inerentes a cada pessoa.

Utilize toda tecnologia disponível para manter-se conectado com a vida e com pessoas que você estima. Una-se aos seus familiares e amigos, promovendo boas conversas por meio de videochamadas, telefonemas ou mensagens.

Evite cultivar pensamentos pessimistas e sofrimento por antecipação. 

Quando estamos amargurados, nosso mundo interior fica embrutecido e nossas reações e comportamentos podem se revelar de forma destrutiva, ferindo aqueles que estão à nossa volta e nos impedindo de enxergar soluções. Isso ocorre porque mecanismos de autodefesa reprimidos se eclodem e podemos passar a agir de forma agressiva.

Lembre-se: Você tem condições de pensar diferente a fim de aliviar as dores produzidas pelo momento atual. Permita-se.

Se o ócio não for criativo, pode conduzir a um estado de letargia existencial. Encontre nas atividades manuais e nas atividades físicas que possam ser executadas em casa um meio para aliviar desconfortos e para preencher o tempo.


João Batista Nunes da Silva