quinta-feira, 11 de julho de 2013

O PRIMEIRO POLÍTICO BEM INTENSIONADO DA HISTÓRIA UNIVERSAL


Você quer mesmo descobrir quem é o primeiro político bem intensionado da história universal? Então, continue lendo esse texto e você não apenas descobrirá quem é a pessoa, mas também encontrará elementos que o ajudarão a mudar sua visão sobre a política de uma forma geral.

Por volta do ano 367 a.C. o filósofo grego Aristóteles teria afirmado que a vida em comunidade constitui o fim por natureza (phusis télos estin) para o qual tendem as anteriores associações, caracterizando-se pela auto-suficiência (autarques) e por promover uma vida boa (eu zen), mas sobretudo por possuir um poder político.¹

Além de ficar claro para Aristóteles que o homem é um ser, por natureza, político, era certo que também acreditava que a política é libertadora e poderia conduzir ao nível pleno de realização da pólis, comunidade social. O contrário disso geraria a ser isolado, insociável e apolítico "como um deus ou uma besta."

Nogueira (2001)², alerta-nos que falar em defesa da política hoje, pode soar estranho a muitos ouvidos, treinados para colocar a política no banco dos réus, na lista das coisas imprestáveis, de pouco valor, prejudiciais mesmos.

De fato, boa parte desse pensamento negativo pode ser atribuída a cristalização sociocultural que recebemos, principalmente no caso do Brasil, onde somos educados desde a fase do ensino fundamental a nutrir um pensamento erroneo sobre aspectos ligados à política. 

Em países desenvolvidos as crianças aprendem sobre a história dos políticos mais influentes da história da nação. Cultivam um sentimento positivo em relação à pátria e seus valores. Aprendem a ser vencedores, desbravadores, conquistadores. Implicações que guardam relação com nosso comportamento em relação a determinados assuntos podem ter sido resultado da falta de visão política de muitos de nossos educadores, eu presumo.

Mas quem foi o primeiro político bem intensionado da História Universal,  afinal? Foi algum dos famosos gregos ou romanos que se tornaram célebres por seus discursos e feitos? Ou quem sabe algum dos grandes nomes entre os Assírios, Babilônicos ou Medos Persas da antiguidade?

Posso assegurar-lhe que esse político é conhecido mais pelas suas ações atemporais e temporais, que pelo nome. Ele dispensa qualquer recurso de marketing em seu favor, já que tudo que fez e faz falam altissonantemente, mesmo sem palavras e voz.

Foi ele quem fez o universo invisível, quando nem mesmo o tempo existia (Isaías 9.6 o descreve como o Pai da Eternidade); uma realiadade fora da compreensão dos domínios físicos palpáveis e perceptível do ponto de vista humano. Ele estabeleceu seu Trono nesse universo, donde domina sobre tudo segundo sua vontade, sem sofrer quaisquer mudanças e sombras de variação (Tiago 1.7; Salmos 115.3).

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¹In texto integral de Aristóteles 'Política'; editora Martin Claret, 2006.
² In Nogueira, Marco Aurélio. Ed. 6. Série Livre Pensar, 2001.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

30 ANOS DE O MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO GANHA REVISTA COMEMORATIVA


Tudo começou quando um grupo de sete amigos, sendo quatro estudantes da área de comunidação social da UEPB/UFPB, um profissional de multimídia, um designer gráfico e um psicólogo, há quarenta e cinco dias da festa, numa roda de conversa informal, resolveram desenvolver um trabalho editorial que resultou na publicação da revista comemorativa dos 30 Anos do Maior São João do Mundo.

Distribuida gratuitamente  nas noites do Parque do Povo, a revista vem se constituindo num verdadeiro sucesso por destacar a tradição de vanguarda do São João de Campina. "A ideia do trabalho é resgatar a tradição, a cultura de raiz, que ao longo dos anos deram o tom nas festas de São João em Campina Grande, levando a cidade a transportor os limites territoriais para ser tornar uma festa internacionalizada, agigantando-se ao ponto de vir a ser patrimônio cultural e imaterial do Estado da Paraíba", afirmou o psicólogo João Nunes, membro da equipe editorial da revista.

(Fonte: www.opolvopb.blogspot.com)

Assista o video:





sexta-feira, 5 de julho de 2013

SIR ROBERT HERMANN SCHOMBURGK: UMA PEDRA NO CAMINHO DA DIPLOMACIA BRASILEIRA


Uma nota indrodutória sobre a história da formação das fronteiras, envolvendo a defesa da "Questão Inglesa no Brasil"

Quem foi Sir Robert Hermann Schomburgk? E qual a relevância desse nome na composição dos fatos que marcaram definitivamente a vida de um dos maiores advogados do Brasil, o diplomático Joaquim Nabuco? Como poderia um simples particular, mesmo sendo cientista já de certo renome, agindo por conta de uma sociedade científica privada, baseado exclusivamente em sua opinião pessoal, ter criado uma questão de fronteira? 

Essas e outras respostas poderão ser sanadas em qualquer arquivo documental de outros países que acompanharam todo o processo, exceto na Royal Geographical Society (Sociedade Geográfica Real), cuja administração não apenas "negou peremptoriamente acesso às dependências, como qualquer informação acerca dos escritos de Schomburk, "que segundo informações, ainda são custodiadas em seus arquivos". É o que afirma Menck (2009), referindo-se à visita a esta citada instituição inglesa.

Enfim, quem foi Schomburgk? Foi o geógrafo e explorador alemão, mais tarde naturalizado inglês, que em 1844 foi sagrado cavaleiro pela rainha Vitória justamente em razão de suas várias explorações na Guiana Inglesa.

De acordo com MENCK (op. cit.), os textos brasileiros referentes ao tema começam referindo-se à viagem que Schomburgk, comissionado pela Sociedade Geográfica Real, de Londres, realizou em 1835. Tratou-se de uma longa viagem de exploração pelo interior da Guiana Inglesa, "para estudar a geografia física e astronômica do interior" daquela faixa territorial.

O fato é que o desenrolar dessas expedições  evoluiram para o que a leitura dos documentos referentes à questão "não publicados", sejam eles brasileiros, italianos ou ingleses, principalmente os refentes à escolha do árbitro, bem como de aspectos jurídicos do laudo, levam à conclusão de que, efetivamente, o Brasil foi vítima não de interesses escusos, mas, principalmente, de uma atabalhoada evolução do Direito Internacional Público no tocante à ocupação de terras vazias, terrae nullius.

Uma epopéia que quase leva o Brasil e a Inglaterra a um intervenção militar, séria. 

Conta-nos MENK (op.cit.) que, ao contrário das outras questões de limites do Brasil, os problemas fronteiriços com a Guiana Inglesa não se iniciaram no período colonial, mas, sim, em pleno século XIX, mais precisamente no inicío de segundo Reinado, e, de acordo com a versão corrente no Brasil, pela ação de um único homem, o geógrafo e explorador alemão, mais tarde naturalizado inglês, Roberto Hermann Schomburgk, em 1844 sagrado cavaleiro pela rainha Vitória justamente em razão de suas explorações na Guiana.

Schomburgk ficou alarmado com o que identificou como sendo o bárbaro tratamento que os brasileiros dispensaram aos indígenas locais, e passou a ver na ação de um certo missionário protestante, o jovem Thomas Youd, a única possibilidade de redenção para aquelas populações esquecidas pelo governo brasileiro.

Youd, que fez da missão religiosa junto aos indíos Macuxis da região de Pirara, a razão de ser de sua curta vida.

"The White Man's Burden 
Rudyand Kipling, 1899

Take up the White Man's burden -
Send forth the best ye breed -
Go bind your sons to exile
To serve your capitives' need;
To Wait in hearvy harness
On fluttered folk and Wild -
Your new-caught, sullen peoples
Half devil and half child."


Continua...

João Batista Nunes é psicólogo atuando na área organização e política.