segunda-feira, 7 de outubro de 2024

FOI ASSIM A ESCALADA DO 1º TURNO DA CAMPANHA ELEITORAL DE CAMPINA GRANDE-PB

Campina Grande, Paraíba, uma das mais expressivas cidades do interior do Nordeste, tem no período eleitoral um motivo a mais para movimentar o espírito popular fazendo do momento político uma verdadeira efervescência que contagia até mesmo quem jurou de pés juntos, durante o tempo anterior, que odiava políticos, esse sim, é aquele que vai dançando embriagado na frente da passeata puxada pelo paredão.

Esse fenômeno não é recente. Desde os tempos mais longínquos, Campina é assim, provocativa, atrevida, debochada, desafiadora, sobretudo, vencedora nos embates mais renhidos de sua história. Dos velhos comícios de Elpídio de Almeida, Severino Cabral, Enivaldo Ribeiro, Ronaldo Cunha Lima, até os nossos tempos, tempos de Bruno Cunha Lima, neto do doutor Ivandro Cunha Lima, tem sido assim.

Nesse pleito de 2024, ficou evidenciado por parte do arco das oposições um atraso na definição de um nome e das estratégias de conquista do eleitorado em razão da relutância do ex-prefeito, atual deputado federal, Romero Rodrigues em definir seu apoio. As vertentes oposicionistas em suspense, levaram alguns mais próximos como o ex-deputado estadual de pífia expressão política, irmão de Romero, Moacir Rodrigues, assim como o primo, ex-vereador Márcio Melo Rodrigues, ambos beneficiados pelo governo do estado, a afirmarem a certa altura do clímax das expectativas que Romero Rodrigues já havia se posicionado, iria ficar com a oposição à Bruno. Chegou-se até mesmo a delimitar o dia em que Romero faria uma declaração pública. 

O tempo passou e as expectativas naufragaram deixando os principais líderes da oposição em polvorosa. Governador João, que dantes já havia dada a questão como resolvida, voltou atrás ao ponto de dizer que não esperava mais por Romero. O presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, tendo o irmão deputado federal Murilo Galdino como principal articulador, tendo como certa a vinda de Romero e depois caindo numa profunda desilusão, afirmou em entrevista à impressão paraibana que Romero não teve um comportamento político coerente, e que sua indecisão não era coisa de homem público.

Enquanto  os oposicionistas vendo os prazos das deliberações partidárias sendo finalizados, e até seguidores de Romero, uns eloquentes "anti Bruno" que puxavam o coro para uma possível candidatura de Romero contra Bruno, ficaram boquiabertos ao se depararem com a resolução definitiva de Romero em apoiar e se engajar na reeleição de Bruno Cunha Lima. 

A campanha começou e os apoiadores foram às ruas, às casas, e as diversas manifestações acompanhando o candidato atual prefeito. As equipes de mostraram aguerridas e os ajuntamentos foram ganhando corpo, multidões eram vistas pelos bairros e distritos de Campina e a onda amarela mostrou força vibrante no semblante de cada apoiador. 

O candidato Bruno tem alguns pontos que vão de encontro à lógica da prática política que ainda está bastante forte na maioria dos estados do Brasil, principalmente no Nordeste. A disputa política desleal, a compra de votos desenfreada que dribla em todos os pleitos as autoridades, com caminhões carregados de cestas básicas transitando nas madrugadas, envelopes de santinhos com quantias de dinheiros, essa prática Bruno além de não aprovar não consente seus apoiadores que o faça. 

Mas do outro lado, da turma que quer ganhar custe o que custar, vem com tudo, e os resultados estão aí. A apresentação de um forasteiro que já chegou mentindo, com o nome citado em processos judiciais envolvendo atos ilícitos com o dinheiro público aplicado na saúde, diferente daqueles "leais forasteiros" que fizeram o nome de Campina Grande crescer. Esse foi o nome que João Azevedo viu-se forçado a apresentar como candidato a prefeito de Campina. 

Chegou enfim o dia da eleição, e ao contabilizar os votos para prefeito e vereadores formou-se o o quadro abaixo. Bruno venceu o primeiro turno, e o candidato do governo projetou-se em segundo lugar. Bruno saiu vitorioso também na composição da maioria na Câmara Municipal de Campina Grande, restando reiniciar a campanha rumo ao segundo turno destas eleições.