O velhinho acima se chama Jigoro Kano, professor, pesquisador e fundador do Judô no longínquo Japão de 1882. Dentre as várias máximas que compõe a filosofia dessa arte marcial está a minha preferida:
"Nunca te glories de terdes vencido teu adversário hoje; ao que vencestes hoje, poderá derrotar-te amanhã."
Esse pensamento tem norteado o comportamento de excelentes atletas, aplicável não só no mundo das competições, mas na filosofia organizacional institucional, assim como no jogo das relações interpessoais, sobretudo por destacar uma verdade a qual não podemos nos furtar: a vida é um contínuo dual de perde e ganha, de derrotas e conquistas, de altos e baixos e, por isso, precisarei desenvolver interiormente a capacidade de saber perder, para então, saber ganhar. E o Dojô autêntico ensina isso e muito bem. Ensina que além da humildade, eu preciso desenvolver a capacidade de utilizar o espírito do coletivo.
Quando a luta começa, o que nos leva a vitória além do condicionamento físico, aprimoramento técnico e sagacidade, é o espírito do coletivo, ou seja, o somatório de todos os fatores que envolve a participação próxima e direta e até distante de pessoas.
Quando assisti pela TV a última entrevista em Las Vegas-EUA, antes da grande luta de revanche entre Anderson Silva e Weidmam no final do ano passado, atentei nesse detalhe, comparando a postura esboçada de ambos.
Observei que o americano assumiu uma postura de um verdadeiro campeão. Até ofereceu o cinto ao oponente como sinal de cortesia. Já, nosso herói brasileiro, tentando a todo tempo e a todo custo gracinhas nem graça tentando esconder a grande expectativa que lhe preenchia o cérebro até o momento do confronto no octógono.
Outra cena que prestei bem a atenção foi quando da entrada anunciada dos atletas nos momentos iniciais à luta. Weidmam aparece trazendo consigo a bandeira americana. Para muita gente isso não tem valor algum, para outros olhares atentos e mais circunspectos o ato se reveste de um valor simbólico importante, e até decisivo!
Simbolicamente não era apenas um atleta que estava entrando para defender o cinto recém tomado de um cara que tinha tudo para vencer, era campeão invicto de sua categoria, mas... Enfim, vi no gesto de Weidmam a evocação do coletivo. Ele estava ali mas não estava só, porque evocará o espírito coletivo de sua equipe, seus técnicos, seus mestres do passado e do presente e da nação inteira!
Gente assim pode até perder, mas sempre saberá se reerguer para lutar de novo; perdendo, nunca zombará de seu oponente! Nem dançará em sua presença ou emitirá o menor sinal de desprezo.
Quanto a nosso Anderson Silva e tantos outros que têm o mesmo perfil, precisam rever seus conceitos e ler um pouco mais o que os mestres das artes marciais se esforçaram para transmitir a seus alunos.
João Batista Nunes
(Psicólogo Organizacional e Acadêmico do Curso de Direito)
Observei que o americano assumiu uma postura de um verdadeiro campeão. Até ofereceu o cinto ao oponente como sinal de cortesia. Já, nosso herói brasileiro, tentando a todo tempo e a todo custo gracinhas nem graça tentando esconder a grande expectativa que lhe preenchia o cérebro até o momento do confronto no octógono.
Outra cena que prestei bem a atenção foi quando da entrada anunciada dos atletas nos momentos iniciais à luta. Weidmam aparece trazendo consigo a bandeira americana. Para muita gente isso não tem valor algum, para outros olhares atentos e mais circunspectos o ato se reveste de um valor simbólico importante, e até decisivo!
Simbolicamente não era apenas um atleta que estava entrando para defender o cinto recém tomado de um cara que tinha tudo para vencer, era campeão invicto de sua categoria, mas... Enfim, vi no gesto de Weidmam a evocação do coletivo. Ele estava ali mas não estava só, porque evocará o espírito coletivo de sua equipe, seus técnicos, seus mestres do passado e do presente e da nação inteira!
Gente assim pode até perder, mas sempre saberá se reerguer para lutar de novo; perdendo, nunca zombará de seu oponente! Nem dançará em sua presença ou emitirá o menor sinal de desprezo.
Quanto a nosso Anderson Silva e tantos outros que têm o mesmo perfil, precisam rever seus conceitos e ler um pouco mais o que os mestres das artes marciais se esforçaram para transmitir a seus alunos.
João Batista Nunes
(Psicólogo Organizacional e Acadêmico do Curso de Direito)